Comandante do CPR-L faz balanço positivo das ações do primeiro semestre em Feira
Além das operações de segurança, o comandante enfatizou a importância da integração com outras áreas da administração pública e a necessidade de políticas sociais.
Em um esforço contínuo para combater a criminalidade, a Polícia Militar da Bahia, sob o comando do Coronel PM Lopes, tem experimentado mudanças significativas desde a reestruturação do Comando de Policiamento da Região Leste (CPRL). Com uma diminuição no número de municípios sob sua jurisdição a iniciativa tem mostrado resultados promissores na redução da criminalidade.
“É um desafio grande,” reconheceu o Coronel PM Lopes durante uma entrevista. “Quando nós chegamos aqui no CTR Leste, eram cento e dois municípios e hoje são trinta e sete. O governador, com seu carinho por Feira de Santana e pela Bahia, apoiou a reestruturação.”
O projeto, que foi implementado no ano passado, envolveu uma ampla reestruturação da PM e uma integração com diversas forças de segurança.
“Nós nunca tivemos uma reestruturação como a que vivenciamos no último ano,” destacou. “Isso foi fruto do empenho da polícia militar, da Polícia Civil, e de uma integração com a Polícia Federal, Guardas Municipais e Polícia Penal.”
A integração e o esforço conjunto resultaram em uma significativa redução da criminalidade. No último ano, o estado da Bahia viu uma queda de mais de 12% nos homicídios.
“No primeiro semestre de 2024, já conseguimos uma redução de cerca de 11% em Feira de Santana,” afirmou o Coronel. “Em junho, tivemos uma redução de 33,7%, o que é um número considerável.”
Apesar desses avanços, o Coronel Lopes admitiu que alguns números ainda são preocupantes.
“Estamos atingindo nossas metas, mas não podemos reduzir drasticamente a criminalidade de uma hora para outra,” explicou. Ele ressaltou que a criminalidade é dinâmica e que a intenção de cometer crimes não pode ser facilmente controlada pela polícia.
Além das operações de segurança, o comandante enfatizou a importância da integração com outras áreas da administração pública e a necessidade de políticas sociais.
“Segurança pública não é apenas colocar a polícia na rua. É uma integração de todos os setores: educação, saneamento básico, infraestrutura e geração de renda,” explicou o Coronel. “Para reduzir a criminalidade, precisamos oferecer condições para que as pessoas tenham oportunidades e possam se afastar do crime.”
O impacto das operações é evidente nos números. No primeiro semestre, a Polícia Militar de Feira de Santana apreendeu 150 armas de fogo, enquanto a Polícia Civil executou 348 mandados de prisão, um aumento significativo em relação ao ano anterior.
“Só a Polícia Civil aprendeu mais de 300 pessoas, em comparação com 60 no mesmo período do ano passado,” ressaltou.
“A nossa produtividade é muito alta,” afirmou o Coronel, destacando que das dez unidades da Bahia que mais apreendem armas, três estão em Feira de Santana. “Só no primeiro semestre, o CPR Leste conduziu para a delegacia 1.570 pessoas. Em Feira de Santana foram 686.”
A presença das forças de segurança tem sido reforçada com um número significativo de viaturas. “Durante a semana, colocamos em média mais de cinquenta viaturas nas ruas, e nos finais de semana, esse número pode chegar a sessenta,” afirmou Lopes. “Poucas capitais conseguem manter uma presença tão significativa.”
O Coronel concluiu enfatizando o compromisso contínuo da Polícia Militar e sua determinação em manter os avanços obtidos. “Estamos trabalhando muito e vamos continuar a fazer o possível para reduzir a criminalidade ainda mais,” garantiu.