Com mais de 50 mil lâmpadas, moradora de Feira de Santana enfeita casa para o Natal e se torna atração natalina
Débora Borges investiu este ano cerca de R$ 6 mil na tradição que mantém viva há mais de duas décadas.
Na Rua Amaralina no bairro Sobradinho, em Feira de Santana, um endereço se destaca a cada Natal: a casa de Débora Borges, que transforma a casa dela em um espetáculo de luzes e decoração. Com 257 bonecos de Papai Noel e mais de 55 mil lâmpadas, Débora investiu este ano cerca de R$ 6 mil na tradição que mantém viva há mais de duas décadas.
“Minha mãe fazia o presépio, a lapinha, e em 2001 comecei a inovar, comprando as coisas. Hoje em dia virou uma obra de arte, como as pessoas falam. É um encanto quando entram aqui”, explica Débora.
A paixão pelo Natal começou quando ela ainda era criança, ajudando a mãe na montagem da decoração.
“Minha irmã parou em 1997, quando virou evangélica, e eu continuei. Em 2021, minha mãe falou que não ia fazer mais, então assumi tudo. Hoje virou uma atração. Os vizinhos vêm ver, e quem vê indica para outros. As crianças se encantam, tiram fotos, é muito gratificante.”
A preparação começa meses antes, com Débora montando os enfeites sozinha. Este ano, ela iniciou em setembro, mas precisou pausar devido a problemas de saúde. Mesmo assim, a casa já estava pronta para receber visitantes no Dia das Crianças.
“Tenho dois quartos para guardar tudo, mas a cada ano compro mais coisas, e já nem sei onde colocar. Vou dando um jeito”, conta. Sobre a manutenção, ela revela que reaproveita o que pode: “Os piscas que não funcionam mais eu tento consertar. Já descartei muita coisa, principalmente pisca-pisca e bonecos que não dançam ou fazem algum movimento, mas guardo tudo direitinho, com cuidado.”
Com mais de duas décadas de tradição, Débora diz que a decoração natalina é fruto da paixão dela pela data.
“O Natal é o nascimento de Cristo, algo que muitos esquecem. Eu gosto de resgatar esse espírito natalino. Quando era pequena, assistia ao filme Esqueceram de Mim e via aquelas casas decoradas. Pensava: um dia vou fazer isso na minha casa e consegui.”
Aberta ao público das 19h30 às 21h, a casa de Débora já é considerada um ponto turístico na rua. “Os vizinhos perguntam: ‘Débora, o que você vai aprontar no próximo ano?’ Eu sempre me surpreendo com o que consigo realizar. É muito gratificante ver o sorriso das pessoas.”
Mesmo com todo o espetáculo, o impacto na conta de luz não é tão alto, segundo ela.
“Não ligo durante o dia porque trabalho fora, e à noite a decoração ilumina tudo. As luzes ficam acesas por apenas uma hora e meia, então não pesa tanto.”
Para Débora, o maior retorno está nas memórias que ajuda a criar.
“Ver as crianças encantadas e o sorriso nos rostos das pessoas é minha maior realização.”
*Com informações do repórter Rafael Marques