Bahia

Com ampla vantagem de Lula, Ciro e Bolsonaro têm dificuldade de conquistar espaço na Bahia

Os outros candidatos não pontuaram. Brancos e nulos somaram 4%, já os que ainda não sabem, 2%

22/09/2022 16h30
Com ampla vantagem de Lula, Ciro e Bolsonaro têm dificuldade de conquistar espaço na Bahia
Foto: Divulgação/ Ricardo Stuckert/Marcello Casal Jr/Agência Brasil/Metropress

Contratada pela Rádio Metropole e divulgada na quarta-feira, a terceira edição da pesquisa Datafolha mostra um cenário de estabilidade e ampla vantagem nas intenções de voto dos baianos para presidente da República. Somando 62% das intenções de voto no estado, o ex-presidente Lula (PT) segue na liderança, com 42 pontos percentuais (pp) à frente do presidente Jair Bolsonaro (PL), que tem 20%.

Comparado ao levantamento anterior, divulgado no dia 14, Lula e Bolsonaro permaneceram com os mesmos índices. Ciro Gomes (PDT) também não oscilou, mantendo 7%. Os números são os mesmos para Simone Tebet (MDB) e Soraya Thronicke (UNIÃO), que permaneceram com 3% e 1% respectivamente. Os outros candidatos não pontuaram. Brancos e nulos somaram 4%, já os que ainda não sabem, 2%.

O terceiro lugar de Ciro Gomes mostra que nem mesmo a escolha de Ana Paula Matos (PDT), vice-prefeita de Salvador, foi suficiente para fazer a candidatura do pedetista ganhar volume no estado. Em 2018, Ciro teve 9% dos votos baianos, o que mostra uma estabilidade de lá para cá, levando em consideração a margem de erro de 3 pp do levantamento Datafolha.

A vantagem de Lula confirma o estado como um berço petista. Entre os quatro maiores colégios eleitorais do país, a Bahia é onde o ex-presidente tem maior vantagem. Em São Paulo e Minas Gerais, o Datafolha apontou Lula com 43% das intenções de voto e uma diferença de 10 pp frente aos 33% de Bolsonaro. Já no Rio de Janeiro, o candidato do PT tem, segundo o instituto, 44%, enquanto o atual presidente aparece com 36%.

Desde as eleições de 2002, os candidatos à Presidência pelo PT têm uma grande vantagem no estado. O menor desempenho foi do próprio Lula, no primeiro turno de 2002, quanto ele teve 55% dos votos na Bahia. Ainda assim, na época, a diferença para o segundo colocado foi de quase 40 pp.

Tentando a reeleição em 2006, o petista chegou a 78% no segundo turno. A ex-presidente Dilma Rousseff tem um desempenho semelhante e estável: em 2010 e 2014, ela teve respectivamente 62% e 70% no primeiro e segundo turno dos dois anos. Nas últimas Eleições Gerais, Fernando Haddad chegou a 73% no segundo turno.

A expectativa dos aliados de Lula é que ele cresça ainda mais no estado até o dia 2 de outubro. Amigo pessoal e correligionário, o senador Jaques Wagner chegou a declarar, em entrevista à Rádio Metropole, que o resultado do ex-presidente na Bahia será o melhor desempenho da história política dele.

Do outro lado, os aliados de Bolsonaro esperavam que o presidente crescesse na Bahia, sobretudo por conta do Auxílio Brasil, já que o estado é o que tem o maior número de beneficiários no país. Os números, no entanto, mostram que o presidente pode ter um desempenho inferior ao de 2018, quando chegou a 27% no segundo turno.

*Jornal da Metrópole

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