Saúde

Cirurgias ortognáticas podem prevenir anomalias, aponta especialista

O tratamento ortognático começa com o planejamento

11/02/2023 18h00
Cirurgias ortognáticas podem prevenir anomalias, aponta especialista
Foto: Reprodução/Instagram

Com objetivo de reposicionar os ossos responsáveis pela mastigação, corrigir correção do crescimento disfuncional dos maxilares, as cirurgias ortognáticas são procedimentos realizados por cirurgiões buco maxilo-faciais e podem prevenir anomalias futuras. Segundo a ortodentista Dra. Alana Pastor, os benefícios da cirurgia vão além da estética.

“As deformidades interfaciais são problemas que ocorrem quando há uma má formação desses ossos que participam da mastigação, que é a maxila — o osso de cima — e a mandíbula — o osso debaixo. Isso faz com que os dentes não se encaixem numa posição perfeita, gerando problemas estéticos, mas também funcionais”, explica a especialista ao De Olho na Cidade.

As principais deformidades que acometem a população são a ‘Deformidade classe 2’, que ocorre quando a maxila fica muito mais a frente que a mandíbula. Comumente notado em pessoas que tem um queixo muito para atrás. Isso pode ocorrer por um retrognatismo da mandíbula (quando não cresce apropriadamente), quando a maxila cresce mais do que deveria, ou uma combinação desses dois fatores.

A outra deformidade comum é a ‘Classe 3’, que é o oposto da anterior. Nesse caso, há um progmatismo da mandíbula, ou seja, o osso de baixo cresce muito, notado em pessoas com queixo bem a frente. Pode ocorrer por desenvolvimento excessivo da mandibula, por um hipodesenvolvimento da maxila, ou por esses dois fatores em conjunto.

“Outra deformidade ocorre quando há um crescimento muito vertical desses ossos. Encontramos isso em pacientes que apresentam um sorriso gengival, expondo muito da gengiva ao sorrir. Alguns casos, o sorriso gengival é tão severo que nem mesmo uma gengivoplastia, ou um botox consegue resolver. Em casos ainda mais severos pode gerar o que chamamos de ‘mordida aberta’, quando os dentes da frente não se tocam durante a mastigação”.

O tratamento ortognático começa com o planejamento, o profissional ortodôntico precisa avaliar o caso do paciente e planejar a melhor execução para atender as demandas necessárias. Em seguida, inicia-se o tratamento pré-cirúrgico, onde são realizadas movimentações dentárias para facilitar o trabalho do cirurgião durante o procedimento.

Após a cirurgia, o paciente deve cumprir todos os cuidados e recomendações do pós-cirúrgico. Por fim, há a ‘finalização ortodôntica’, fase final que o paciente precisa continuar utilizando aparelhos ortodônticos para ajustes finais e melhor aproveitamento dos resultados da cirurgia.

A Dra. Alana Pastor ratifica que a dor não é notável em procedimentos ortognáticos, pois além dos medicamentos anestésicos, é comum pacientes sentirem dormência nos nervos, impedindo qualquer sensação dolorosa. 

Para receber mais conteúdo sobre saúde, acesse o instagram: @draalanapastor.

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