Cirurgia plástica e composição corporal: Especialistas explicam por que peso na balança não é o fator principal
Saúde, estética e longevidade: o trio do sucesso na cirurgia plástica
Na mais recente edição do quadro Saúde em Pauta, o cirurgião plástico Dr. Marcus Marcel e a nutróloga Dra. Aline Jardim compartilharam informações valiosas sobre o tema “Composição Corporal e Cirurgia Plástica”, abordando mitos, critérios clínicos e a importância do trabalho interdisciplinar para garantir saúde e resultados duradouros.
Dr. Marcus reforçou que o peso na balança deixou de ser o principal critério para avaliação cirúrgica.
“Você que tem interesse em fazer uma cirurgia plástica, saiba que não se opera por peso. Isso já acabou há muito tempo. O princípio básico da cirurgia plástica funcional é operar paciente desinflamado”, explicou.
“Muita gente ainda pergunta: ‘Preciso perder quantos quilos para fazer a cirurgia?’ Mas quilos de quê? De massa gorda? Massa magra? Gordura visceral? Avaliamos tudo isso com base na bioimpedância e exames laboratoriais. É isso que traz segurança e longevidade nos resultados.”
A Dra. Aline reforçou que o IMC (Índice de Massa Corporal), amplamente utilizado no passado, já não é mais o único parâmetro confiável:
“Não classificamos mais obesidade apenas pelo IMC. O paciente pode ter muito peso retido em água, e não em gordura. Com a bioimpedância, conseguimos saber exatamente a proporção de água, gordura subcutânea e gordura visceral. Isso muda toda a conduta.”
Ela relatou, inclusive, o caso de uma paciente que se queixava da barriga após a cirurgia, mas o problema estava na gordura visceral:
“Essa gordura empurra a barriga para frente e impede o ‘efeito barriga negativa’ que muitos desejam. E, muitas vezes, ela vem acompanhada de má alimentação e distensão abdominal.”
Para ambos os especialistas, um dos maiores diferenciais no atendimento está no trabalho interdisciplinar.
“A gente ainda usa o termo ‘multidisciplinar’, mas prefiro ‘interdisciplinar’. É quando toda a equipe se comunica, compartilha filosofia de trabalho e atua em conjunto para preparar o paciente para um resultado sustentável”, explicou o cirurgião.
Dra. Aline complementou:
“Começamos com a avaliação nutricional. Às vezes, o paciente nem precisa perder peso, mas está com carências nutricionais graves. Fazemos reposições — orais, subcutâneas ou endovenosas, a depender do caso — e preparamos o corpo para o procedimento.”
Ela citou o caso recente de um paciente pós-bariátrico com dificuldades de absorção de nutrientes. “Fizemos todo o preparo endovenoso. Dois meses após a cirurgia, os exames estavam excelentes.”
Outro ponto central da conversa foi sobre a falsa expectativa de que cirurgia plástica serve para emagrecer:
“Lipoaspiração não emagrece”, foi categórico Dr. Marcus. “Quem entra na cirurgia esperando isso está buscando um atalho e atalho não funciona. O ideal é operar quem já está no processo de mudança de vida.”
Segundo ele, o cirurgião perde credibilidade quando opera sem esse cuidado:
“É fácil operar. Difícil é manter o resultado e formar uma equipe com princípios e filosofia. Não adianta operar e, 60 dias depois, o paciente voltar ao estado inicial por não ter mantido os hábitos.”
Climatério, reposição hormonal e autoestima
A conversa também abordou a fase do climatério e a influência dos hormônios nos resultados estéticos:
“Recebemos pacientes que dizem: ‘estou malhando, comendo direito, mas ganhei barriga e gordura nas costas’. Muitas vezes, é início de climatério ou menopausa precoce, que nem sempre aparece nos exames”, pontuou Dra. Aline.
“A reposição hormonal é essencial nesses casos. Além da parte física, ela mexe com a autoestima. A mulher volta a se ver bonita, desejada e confiante.”
Dr. Marcus destacou um caso marcante: “Tive uma paciente com 37 anos e massa magra de idoso. Investigamos e era menopausa precoce. Com a equipe alinhada, conseguimos mudar o quadro e preparar o corpo dela para a cirurgia.”
Resultados que duram
Para a dupla, o segredo do sucesso está na continuidade. A clínica, agora em novo endereço no Hospital da Plástica, oferece um ambiente completo para esse cuidado integrado:
“O paciente não precisa sair dali. Temos fisioterapeutas, biomédicos, nutricionistas e médicos atuando juntos. E o mais bonito é que, após a cirurgia, muitos continuam na nutrologia ou fisioterapia, cuidando de si e mantendo os resultados”, destacou Dra. Aline.
Serviço
A clínica do Dr. Marcus Marcel agora está localizada no Hospital da Plástica, na Avenida Marechal Castelo Branco, nº 35, em Feira de Santana, com estacionamento próprio e ambiente moderno e acolhedor.
Para mais informações, basta seguir os perfis dos profissionais nas redes sociais ou entrar em contato direto com a clínica.