Feira de Santana

Cesta básica registra terceira queda consecutiva neste ano em Feira de Santana

A cesta básica de Feira de Santana fechou em R$ 501,46 no mês de julho de 2024.

12/08/2024 08h11
Cesta básica registra terceira queda consecutiva neste ano em Feira de Santana
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Com redução de 6,13% em comparação ao mês de junho, a cesta básica de Feira de Santana fechou em R$ 501,46 no mês de julho de 2024. A equipe de pesquisadores do curso de Ciências Econômicas da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) que trabalha no Programa “Conhecendo a Economia Feirense: custo da cesta básica e indicadores socioeconômicos” observa que, a redução dos preços da cesta básica  no mês está em consonância com o comportamento dos preços dos produtos alimentícios do IPCA-15 de julho, que registrou queda de 0,31% sendo que a alimentação no domicílio caiu 0,70% em julho. Este foi o terceiro mês seguido de queda do valor da cesta, acumulando um decréscimo de 15,43% no último trimestre (mai/jun/jul), sobressaindo as reduções nos preços do tomate (-54,96%), da banana prata (-27,05%) e do feijão (-17,96%). Por outro lado, destacam-se os aumentos nos preços do café (24,37%) e do leite (13,08%).

Cotejando os preços levantados em julho com os vigentes no mês anterior, constata-se que o tomate, com queda de 35,19% em seu preço, foi o principal responsável pela redução do custo da cesta básica em Feira de Santana. Além do tomate, contribuíram para essa baixa a banana (com redução de 4,71%), o arroz, a carne e o açúcar com quedas de 2,89%, 2,75% e 1,73%, respectivamente. No lado das altas, destacam-se o café (5,78%), a farinha (3,32%), a manteiga (2,19%), o feijão (1,51%) e o leite (1,49%). 

O gasto médio com o almoço tradicional, composto por arroz, feijão, carne e farinha, representou 36,23% do valor alocado na aquisição da cesta básica do cidadão feirense em julho. Já o custo do café da manhã, constituído de pão, manteiga, café, leite e açúcar, absorveu 39,45% do orçamento com a alimentação básica, participação superior à observada no mês de junho (36,6%). Tal como no mês anterior, ainda persiste o maior peso do café da manhã relativamente ao almoço no custo da alimentação.

No que concerne à participação dos alimentos da cesta básica no salário mínimo líquido vigente (salário mínimo descontado da contribuição previdenciária de 7,50%), verifica-se que, em julho, o trabalhador de Feira de Santana comprometeu 38,39% de seu rendimento com a compra dos 12 produtos da cesta. Esse resultado é 2,51 pontos percentuais inferior ao calculado no mês de junho (40,9%) e 3,88 pontos percentuais menor do que o registrado em abril/24 (45,40%), quando a cesta básica atingiu seu mais alto valor nos últimos 12 meses (jul/23 a jul/24). O forte movimento de recuo dos preços médios dos últimos três meses tem provocado também redução do tempo de trabalho necessário para a compra dos produtos da cesta, que passou a ser de 87 horas e 27 minutos neste mês de julho frente às 99 horas e 52 minutos registradas em abril/24.

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