Celebrando a poesia local, poeta divulga suas obras em exposição exclusiva
Exposição se encontra no Museu Parque do Saber
O décimo mês do ano é marcado por comemorações poéticas, como o Dia do Poeta, e o Dia Nacional da Poesia, celebrados, respectivamente, nos dias 20 e 31 de outubro. Em Feira de Santana, o cenário poético não é inexistente, um dos nomes atuantes da cidade é o poeta Francisco Setúval, cujas obras estão sendo expostas no Museu Parque do Saber Dival da Silva Pitombo.
“Eu sempre digo que a paisagem é a minha inspiração, e quando eu digo ‘paisagem’, não estou falando apenas da natural, mas a ‘paisagem’ das experiência do cotidiano, daquilo que eu observo em tudo. Se eu estou no quarto deitado olhando pro ventilador, por exemplo, eu faço poesia”, relata o poeta em entrevista ao De Olho na Cidade.
Até o dia 19 de novembro as obras do artista estão expostas no Museu Parque do Saber, por meio da exposição ‘A poesia que nos cabe’, que tem como objetivo chamar a atenção do público para a arte local e promover um momento de reflexão: “Essa exposição retrata exatamente esse universo ou possibilidade, de acreditar que a paisagem da poesia pertence a todo mundo”, diz o artista.
Para Setúval, que também é atuante na área educacional, a presença na poesia na vida de jovens dependem de estímulos e da união entre tecnologia e literatura. O incentivo a literatura poética pode ser feito pelo ambiente familiar e pelos próprios educadores: “Se não houver estímulos, não há porquê os jovens buscarem esse tipo de conteúdo. Até porque, estamos em uma era tecnológica, e se não usar essa ferramenta, os alunos ficarão somente presos àquilo que é novo. Temos que resgatar a poesia dentro da própria tecnologia atual”
VIDA E TRAJETÓRIA ARTÍSTICA:
O artista começou a escrever ainda jovem, aos 13 anos de idade, inspirado pelo seu pai, que sempre escrevia sobre sua terra com rimas cheias de musicalidade, embora nunca tenha publicado um livro. Em seguida, inspirado por uma professora que sempre incentivava a literatura, Setúval começou a escrever seus versos, porém ainda sem intuito de compartilhá-los com o grande público.
Em 1998, na Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), cursando a graduação de Biologia, o artista estagiava em um projeto de educação ambiental, e se uniu a outros poetas para criar uma coletânea de poesia chamada “Versos reciclados”. O conteúdo foi impresso em papel reciclado, produzido no próprio ambiente universitário.
Até que em 2016, seu trabalho começa a ser produzido com mais intensidade e pensado para divulgação. Nesse momento é realizado o projeto em CD chamado “Travessias poéticas”, proveniente do trabalho “Papo de poeta” feito em uma escola municipal cujo objetivo era desenvolver nos alunos habilidades de interpretação e encantamento literário.
Em 2018, foi lançado seu livro “Bioversos: Recriando a vida em poesia”, que mescla a arte poética com as ciências biológicas. Para saber mais sobre os trabalhos do artista, interessados podem acompanhar o instagram: @francosetuval