Casos de ansiedade e depressão aumentam após pandemia, afirma especialista
O tratamento deve ser buscado nos primeiros sinais de instabilidade emocional, para que o sofrimento não seja prolongado e que não gere consequências irreversíveis.
De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), no primeiro ano da pandemia de COVID-19, a prevalência global de ansiedade e depressão aumentou em 25%. O isolamento social, mudança de rotina, incerteza, e luto, foram algumas das motivações por trás do aumento de quadros de estresse e instabilidade emocional.
Segundo a neuropsicóloga Ana Rita Antunes, os casos de fragilidade emocional ainda podem ser notados no período pós-pandemia.
“Mesmo as pessoas sabendo que o índice de mortalidade caiu muito, ainda há bastante medo. O Covid não foi apenas adoecimento e morte, também tivemos as sequelas, e agora estamos lidando com isso”, afirma a neuropsicóloga em entrevista ao De Olho na Cidade.
Depressão e ansiedade também podem estar relacionados às sequelas cerebrais da covid-19, assim como os lapsos de memória. Os hábitos alimentares e a qualidade do sono também foram afetados pelo período pandêmico, resultando em problemas na saúde física e mental.
“A primeira coisa a ser feita é entender esse adoecimento e buscar ajuda. Para isso, também é necessário contar com o poder público, pois nem todas as pessoas possuem plano de saúde e podem arcar com custos de tratamento. O serviço público precisa ser ofertado, pois uma população doente não é produtiva”, pontua.
O tratamento deve ser buscado nos primeiros sinais de instabilidade emocional, para que o sofrimento não seja prolongado e que não gere consequências irreversíveis.