Saúde

Cardiologista explica a diferença entre ataque cardíaco e parada cardíaca

O cardiologista Dr. Israel Reis esclareceu essas dúvidas durante o quadro Momento IDM Cardio nos programas Jornal do Meio Dia (rádio Princesa FM) e De Olho na Cidade (Sociedade News).

17/06/2024 09h25
Cardiologista explica a diferença entre ataque cardíaco e parada cardíaca
Foto: Reprodução/Instagram

Em um jantar com amigos, uma pessoa subitamente segura o peito e cai da cadeira. Outros correm para ajudar enquanto alguém chama uma ambulância. Alguns dirão que foi um ataque cardíaco; outros, uma parada cardíaca. Qual a diferença entre esses termos? O cardiologista Dr. Israel Reis esclareceu essas dúvidas durante o quadro Momento IDM Cardio nos programas Jornal do Meio Dia (rádio Princesa FM) e De Olho na Cidade (Sociedade News).

“Um ataque cardíaco, ou infarto, ocorre quando uma artéria do coração é bloqueada por uma placa de gordura ou coágulo”, explica o cardiologista. “Se alguém está consciente, com dor no peito, sudorese e palidez, provavelmente está tendo um ataque cardíaco. Nesse caso, a conduta é levá-la ao hospital o mais rápido possível, mesmo que seja no próprio carro, sem esperar por uma ambulância”.

Por outro lado, Dr. Israel descreve a parada cardíaca como uma situação onde o coração para de funcionar completamente.

“Se a pessoa perde a consciência, não respira e não tem pulso, estamos diante de uma parada cardíaca. A conduta muda drasticamente: é necessário iniciar manobras de reanimação imediatamente e chamar o SAMU”.

Diferenciar essas condições é crucial, pois o tempo de resposta é vital. “No ataque cardíaco, a obstrução da artéria precisa ser resolvida rapidamente. Já na parada cardíaca, a reanimação deve começar imediatamente para evitar danos cerebrais”.

Dr. Israel enfatiza a necessidade de treinamento em primeiros socorros para o público em geral, especialmente em locais de grande circulação, como aeroportos e shoppings, onde a presença de desfibriladores pode salvar vidas.

“Nem sempre o SAMU chega a tempo. Ter acesso a desfibriladores pode ser a diferença entre a vida e a morte”.

Sobre a prevenção, o médico destaca: “Controlar pressão arterial, diabetes, colesterol, evitar sedentarismo e parar de fumar são medidas que reduzem o risco de infarto. Já a parada cardíaca, que é um evento elétrico do coração, pode ser causada por diversas condições, incluindo um infarto”.

No tratamento, Dr. Israel explica que, para o infarto, o ideal é abrir a artéria obstruída nas primeiras horas, usando medicamentos ou procedimentos como a angioplastia.

“Para a parada cardíaca, a prioridade é reanimar o paciente e estabilizar o ritmo cardíaco antes de tratar as causas subjacentes”.

Dr. Israel ressalta a importância de agir rapidamente em ambas as situações e a necessidade de treinamento e equipamentos adequados em locais públicos para aumentar as chances de sobrevivência.

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