Saúde

Cardiologista destaca o impacto dos medicamentos para disfunção erétil na saúde do coração

A avaliação médica regular e o cuidado com a saúde do coração são fundamentais para a qualidade de vida masculina.

08/11/2024 19h54
Cardiologista destaca o impacto dos medicamentos para disfunção erétil na saúde do coração

No quadro Momento IDM Cardio, o cardiologista Dr. Cláudio Rocha abordou um tema relevante para a saúde masculina: a relação entre medicamentos para disfunção erétil e riscos cardiovasculares, especialmente no contexto da campanha do Novembro Azul. A entrevista esclareceu dúvidas e trouxe orientações essenciais sobre o uso desses medicamentos e a importância de acompanhamento médico.

“Novembro Azul chama atenção para a saúde masculina, e não é apenas sobre a próstata. A principal causa de morte entre os homens ainda são as doenças cardiovasculares”, enfatizou Dr. Cláudio, recomendando que além do urologista, o acompanhamento de um cardiologista é fundamental para manter a saúde em dia e prevenir surpresas.

Dr. Cláudio explicou que o uso de medicamentos como o sildenafil, conhecido popularmente como “azulzinho” (Viagra), teve início nos anos 1990.

“A princípio, esses remédios foram desenvolvidos para tratar hipertensão pulmonar e angina, mas acabaram mostrando resultados surpreendentes na disfunção erétil”, comentou. Desde então, novas moléculas surgiram, ampliando as opções de tratamento para a disfunção erétil.

Segundo o cardiologista, embora sejam geralmente seguros para o coração, esses medicamentos devem ser usados com cautela, principalmente em pacientes com doenças cardíacas graves.

“O maior risco está na atividade física exigida durante o ato sexual, que pode agravar problemas cardíacos, não necessariamente no uso do medicamento”, alertou.

Cuidados e recomendações

A automedicação é um risco frequente, segundo Dr. Cláudio, que desaconselha o uso de remédios para disfunção erétil sem prescrição.

“É importante evitar medicamentos comprados no mercado paralelo, pois podem conter substâncias desconhecidas que representam sérios riscos”, alertou. Para o uso seguro, ele reforçou a importância da avaliação médica: “Converse com seu cardiologista e urologista para um diagnóstico preciso e tratamento adequado.”

A interação entre esses medicamentos e outros, como os para hipertensão, é um ponto de preocupação. “Muitos homens têm receio de que remédios para pressão causem impotência, mas na verdade, a própria hipertensão pode levar à disfunção erétil”, explicou.

Mitos e realidades sobre o uso das “pílulas azuis” em jovens

O médico também destacou o aumento do uso desses medicamentos por jovens que, por ansiedade, buscam garantir o desempenho sexual, mesmo sem necessidade clínica.

“O uso esporádico em jovens sem problemas cardíacos é seguro, mas é preciso cautela, pois o uso sem orientação médica pode levar a efeitos colaterais como rubor facial e desconforto”, acrescentou.

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