Cardiologista debate a relação entre atividade sexual e saúde cardíaca
O Dr. Israel Reis destacou a importância de abordar esse assunto delicado, que frequentemente é evitado nas consultas médicas.
No quadro Saúde do Coração em Pauta do programa Cidade em Pauta (Nordeste FM), o Dr. Israel Reis, cardiologista, trouxe à tona um tema muitas vezes relegado ao silêncio: a relação entre atividade sexual e saúde cardíaca. O Dr. Israel destacou a importância de abordar esse assunto delicado, que frequentemente é evitado nas consultas médicas.
“É um tabu, mas os pacientes sempre acabam trazendo essa questão para a mesa”, diz o Dr. Israel. Ele destaca que a atividade sexual pode ser vista como um exercício, desde que praticada com responsabilidade. “Assim como qualquer outro exercício, é necessário respeitar os limites do corpo e praticá-lo de maneira segura”, enfatiza.
O médico explica que a atividade sexual pode assumir diversas formas, desde beijos e toques até a relação sexual completa, e que é essencial orientar os pacientes sobre a intensidade e duração adequadas para evitar complicações, especialmente em pacientes cardiopatas ou com outras condições de saúde.
Quanto ao uso de medicamentos como o viagra, o Dr. Israel ressalta a importância da orientação médica. “É necessário avaliar se o paciente está em boas condições para o uso dessas substâncias, especialmente aqueles que já têm algum problema cardíaco”, destaca.
Sobre os mitos relacionados à atividade sexual e problemas cardíacos, o Dr. Israel esclarece que, embora a prática sexual possa desencadear complicações em casos específicos, ela não é a principal causa de infartos.
“Existem outros tipos de esforços que representam um risco maior para a saúde cardiovascular”, afirma.
Além disso, o cardiologista menciona estudos que sugerem que a atividade sexual extraconjugal pode ser um gatilho mais comum para infartos do que a atividade sexual dentro do casamento.
“Isso ressalta a importância do cuidado com a saúde cardiovascular e a prática de uma vida sexual saudável e responsável”, conclui o Dr. Israel.