CAPS Infantil registra crescimento no número de atendimentos a pessoas com autismo em Feira
1.153 pacientes com autismo recebem atualmente acompanhamento multidisciplinar, que busca promover a autonomia e inclusão social
O município de Feira de Santana tem registrado um crescimento significativo no número de crianças e adolescentes diagnosticados com o Transtorno do Espectro Autista (TEA). De acordo com dados do Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil (CAPSij), 1.153 pacientes com autismo recebem atualmente acompanhamento multidisciplinar, que busca promover a autonomia e inclusão social.
Segundo a coordenadora do CAPS Infantil, Liliane Cotias, o aumento na procura por atendimento de pacientes com TEA tem sido perceptível nos últimos anos, especialmente no período pós-pandemia.
“Dentro dos transtornos que atendemos no CAPS Infantojuvenil, notamos que, a partir de 2022, cresceu significativamente o número de pacientes com diagnóstico ou suspeita de autismo. Entre os anos de 2022 a 2024, aproximadamente 31% dos novos pacientes cadastrados foram crianças ou adolescentes com TEA”, detalha.
O CAPS Infantojuvenil de Feira de Santana atende pacientes com transtornos mentais graves e persistentes, com idade até 18 anos. Para os casos de TEA, o acolhimento é feito inicialmente na unidade, e, quando necessário, os pacientes são encaminhados para o Centro de Referência Municipal para Pessoas com Transtorno do Espectro Autista, também no município.
“O paciente que chega ao CAPS com o diagnóstico de TEA é acolhido e encaminhado para o CER-TEA, que é o centro de referência especializado. No entanto, se por algum motivo ele não iniciar o acompanhamento no CER-TEA, o CAPS Infantojuvenil continua prestando suporte com nossa equipe multidisciplinar, garantindo o atendimento nas especialidades necessárias”, explica a coordenadora.
A atuação do CAPS Infantojuvenil envolve diferentes profissionais, como psicólogos, terapeutas ocupacionais, psiquiatras e assistentes sociais, todos voltados ao desenvolvimento integral dos pacientes.
“Nosso foco é trabalhar a autonomia dessas crianças e adolescentes, fortalecendo sua inclusão social. O aumento na procura mostra também que as famílias estão mais atentas aos sinais e buscando ajuda especializada, o que é fundamental para garantir um tratamento adequado e com resultados positivos”, finaliza Liliane Cotias.
*Com informações da repórter Isabel Bomfim