Cannabis pode auxiliar tratamento de patologias especiais, aponta especialista
Mães de filhos portadores de patologias iniciaram um movimento para recorrer a regulamentação do uso da Cannabis, devido aos estudos e comprovações de sua eficácia em tratamentos.
ESPECIAL MÊS DAS MÃES
Patologias especiais são doenças que atingem um determinado órgão ou sistema, provocando incômodos na vida de quem as possuem. Pensando nisso, mães de filhos portadores de patologias iniciaram um movimento para recorrer a regulamentação do uso da Cannabis, devido aos estudos e comprovações de sua eficácia em tratamentos.
“As mães foram pioneiras ao perceber que cannabis salva vidas. No caso da epilepsia, por exemplo, pacientes graves, que tem 30 a 40 crises, impedidos de convivio social e boa qualidade de vida. Então, quando encontramos uma alternativa que permita um alivio, é um acalento”, explica a bioquimica Emilia Pontes.
A especialista pontua que a planta, conhecida popularmente como “maconha”, pode aliviar dores e promover relaxamento. Essa é uma das terapias alternativas que tem se mostrado eficiente, segundo ela, os estudos comprovados sobre Cannabis datam desde 1980. “Temos Israel, toda a Europa e os Estados Unidos com já legalizados. Aqui no Brasil, há a legalização para produtos para importação de produtos com base em Cannabis é legalizada, de acordo a RDC 327/2019 e RDC 660/2022”.
Para a bioquímica, a maior dificuldade para a realização do uso é a parceria com o poder público. Ela chama atenção que muitas pessoas correm risco desnecessários por não ter conhecimento aprofundado. “Nosso país está atrasado, a extração da planta é simples, mas é preciso saber a qualidade do que estou extraindo”.
Aqui no Brasil, o custo do tratamento acaba sendo mais alto, devido ao gasto com as importações, contudo, contudo já existem linhas sendo trabalhadas para que o tratamento seja ofertado pelo SUS, assim como é possível, através de meios jurídicos, obter autorização para o plantio, permitindo a produção do seu próprio medicamento. Para cuidar dessa parte jurídica é necessário haver documentos que comprovem a necessidade medicinal.
É destacado que os efeitos negativos do tráfico ilegal não estão relacionados a planta quanto medicação. O foco não é o uso recreativo, mas no uso medicinal que já é comprovadamente eficaz.
A bioquímica Emília Pontes convida todos a pesquisarem e se informarem cientificamente sobre o assunto.