Cannabis medicinal: Farmacêutica explica sobre a terapia e o acesso aos produtos no Brasil
A cannabis medicinal, apesar dos desafios, continua a oferecer novas esperanças para o tratamento de diversas condições de saúde
A cannabis medicinal tem se destacado como uma alternativa terapêutica para diversas condições de saúde. Em entrevista ao programa Jornal do Meio Dia (rádio Princesa FM), a farmacêutica Emília Pontes esclareceu o assunto de forma técnica e acessível.
Ela explicou que a cannabis medicinal é usada no tratamento de patologias específicas, derivada da planta comumente conhecida como maconha.
“Basicamente, a cannabis medicinal é um tratamento com uma planta, a maconha, para tratar algumas doenças”, disse. Entre as condições que podem ser tratadas estão a epilepsia, fibromialgia, ansiedade e autismo. “A cannabis ajuda a reduzir crises em pacientes com epilepsia e melhora a qualidade de vida”, afirmou. Ela também destacou que a cannabis pode ser uma alternativa importante para crianças com autismo e pacientes com dores crônicas.
Emilia detalhou como funciona a prescrição da cannabis no Brasil. “O acesso à cannabis medicinal começa com uma consulta médica. O médico deve prescrever o tratamento, que pode ser um produto importado ou um medicamento disponível em farmácias”, explicou.
Ela ressaltou que a legislação brasileira permite a importação de produtos derivados da cannabis e o uso de alguns medicamentos já disponíveis nas farmácias.
“Hoje em dia, o custo dos produtos importados caiu significativamente, tornando-os mais acessíveis. Além disso, há associações que produzem cannabis medicinal artesanalmente”, revelou.
O farmacêutico desempenha um papel crucial no processo de tratamento com cannabis medicinal.
“O farmacêutico é o profissional que orienta sobre o uso correto do produto e realiza a autorização junto à ANVISA”, disse. Ela explicou que a cannabis medicinal deve ser personalizada de acordo com a patologia e o paciente, com variações na dose e no tipo de produto utilizado.
Emília também abordou o preconceito ainda associado à cannabis medicinal. “Há um grande tabu e preconceito devido à associação da cannabis com drogas ilícitas. No entanto, com as recentes decisões do STF e as mudanças na legislação, há um avanço na autorização para cultivo e produção de medicamentos à base de cannabis”, afirmou.
Para quem deseja mais informações ou agendar uma consulta, Emília deixou seus contatos. “Quem tiver interesse pode me encontrar no Lab Santana, na Barão de Cotegipe 882, em Feira de Santana. Meu telefone para agendamentos é (75) 3623-3705, e o meu arroba é @emiliafarmaceutica”, finalizou.