Câncer de mama pode surgir de predisposição genética, alerta especialista
Cerca de 10% dos casos de câncer de mama são influenciados por fatores hereditários. Em entrevista ao De Olho na Cidade, o médico oncologista, Dr. Samuel Afonseca, enfatizou que nem todas as alterações genéticas são influentes, mas alguns genes em específico devem ser considerados. “Uma das formas de se suspeitar das síndromes hereditárias é quando […]
Cerca de 10% dos casos de câncer de mama são influenciados por fatores hereditários. Em entrevista ao De Olho na Cidade, o médico oncologista, Dr. Samuel Afonseca, enfatizou que nem todas as alterações genéticas são influentes, mas alguns genes em específico devem ser considerados.
“Uma das formas de se suspeitar das síndromes hereditárias é quando há muitos casos de câncer na família, se contar três gerações mais ou menos. Se a paciente ver casos de câncer em várias gerações, pessoas com casos de câncer abaixo dos 50 anos, isso chama a atenção”.
Assim como outros tipos de tumores, o câncer de mama ocorre a partir de alterações indevidas dos genes durante o processo de multiplicação celular. São as mutações dos genes BRCA1 e BRCA2 que se relacionam ao alto risco de câncer de mama em mulheres mais jovens e também podem se associar ao câncer de mama masculino, cujo índice é mais baixo, porém não é inexistente.
É importante manter contato com a família, investigando possíveis incidências de casos de câncer que podem auxiliar no diagnóstico pessoal e tratamento adequado.
“O paciente que tem uma predisposição hereditária diagnosticada não vai fazer o programa de prevenção igual aos outros. Normalmente começa bem mais cedo, uns 10 anos em relação a pessoa da família. Por exemplo, se você tem uma mãe que teve câncer de mama, o médico tem que começar a fazer o rastreamento 10 anos da idade que ela teve”, explica. Nesse processo, diferentes exames são solicitados para garantir segurança ao tratamento.
Em casos de predisposição genética é necessário mais atenção a pequenos hábitos de saúde, como manter uma dieta balanceada, seguir uma rotina de exercícios, não ser adepto ao tabagismo, e reduzir o consumo de álcool. Apesar da campanha de outubro ser um alerta, durante todo o ano os exames de mamografia estão disponíveis para toda a população.