Campanha conscientiza mulheres sobre risco de endometriose
Cerca de 8 milhões de mulheres sofrem de endometriose no Brasil, e quase 190 milhões ao redor do mundo, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS)
Cerca de 8 milhões de mulheres sofrem de endometriose no Brasil, e quase 190 milhões ao redor do mundo, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). A patologia é considerada silenciosa, e as pacientes podem levar de 7 a 10 anos para receber um diagnóstico.
Sentir fortes dores de cólica no período menstrual é um dos principais sintomas da doença, mas muitas mulheres ignoram esse sinal por achar que é normal sentir esse tipo de dor. Pensando nisso, a ginecologista e obstetra Glauce Casaes institui a campanha ‘Cólica não é normal’ como parte do ‘Março Amarelo’, mês de conscientização da endometriose.
“É uma doença pouco conhecida, que as pessoas não sabem buscar o diagnóstico por falta de conhecimento sobre os sintomas. O primeiro pilar da campanha é justamente esclarecer e difundir dados sobre endometriose. A mulher foi acostumada a achar que cólica é normal, e por isso não busca ajuda“, explica Glauce em entrevista ao De Olho na Cidade.
A doença pode afetar drasticamente a qualidade de vida de adolescentes e mulheres, comprometendo, por exemplo, a frequência à escola, trabalho, relação sexual, possibilidade de gravidez e saúde emocional.
“Como estamos falando de uma doença inflamatória, crônica, progressiva e sem cura, que vai da adolescência a menopausa, as pacientes precisam de diagnóstico precoce, de orientação e conhecimento, para terem qualidade de vida, e esse é o outro mote da campanha: Mulher tem que viver bem”, acrescenta.
Além de informar, Glauce espera que a campanha também sirva como despertar para a cobrança de políticas públicas que possibilitem às mulheres que dependem do Sistema Único de Saúde (SUS) acolhimento e atendimento adequado para endometriose, com equipe multidisciplinar.