Câmara pode requisitar da Prefeitura os comprovantes de repasse às empresas devido a atraso de salários na saúde
A advertência é do vereador Professor Ivamberg (PT)
Em meio a contínuas reclamações de falta de pagamento a servidores terceirizados da saúde municipal, a Prefeitura de Feira de Santana pode ser instada a encaminhar, ao Poder Legislativo, os extratos bancários que comprovem a efetivação dos repasses financeiros às empresas contratadas.
A advertência é do vereador Professor Ivamberg (PT) que durante pronunciamento nesta terça-feira (9), na Tribuna Maria Quitéria, voltou a reclamar do atraso de dois meses de salários em relação a funcionários da UPA do bairro da Queimadinha. Um requerimento, que deve ser protocolado pelo petista nos próximos dias, deverá pôr fim à dúvida quanto à realização do pagamento ou não pelo Município.
“Temos que saber quem está mentindo nesta história, se é o Governo Municipal ou as empresas terceirizadas. Portanto, vamos dar entrada no pedido, a fim de que o prefeito mande os extratos das transferências bancárias”, frisou. Segundo Ivamberg, além dos servidores estarem fazendo protesto, há indicativo de paralisação de atendimentos na unidade da Queimadinha.
Profissional da área de enfermagem, a vereadora Lu de Ronny (PV) prestou solidariedade aos colegas de profissão e reclamou da gestão municipal, por não esboçar qualquer posicionamento, mesmo diante de protestos da categoria. “Cadê a secretária de saúde do Município? Parece até que não existe, pois não se manifesta e nem dá pelo menos uma satisfação aos funcionários”, disse, relatando grande preocupação com o caso, já que recebeu diversos telefonemas, no último sábado (6), de pessoas chorando em razão das dificuldades vividas devido a falta do salário.
E as empresas contratadas, observou Lu de Ronny, também erram quando não explicam o que está ocorrendo. “Elas nem sequer entraram em contato com a unidade para dizer alguma coisa, durante o movimento feito na Queimadinha. Será que vão ficar omissas, sem se posicionar em relação ao que está acontecendo?”, indagou. Pedro Américo (Cidadania) concorda que há a necessidade de uma resposta “clara e objetiva” sobre a questão dos repasses às prestadoras de serviço. “A secretária e o prefeito precisam dizer se pagaram ou não. E explicar o porquê. O que não se pode aceitar é que, por realizar uma livre manifestação cobrando os seus direitos, os servidores sejam ameaçados”, advertiu.