Buracos no CIS: Solução diverge entre o governo estadual e municipal
Responsabilidade quanto à área é atribuída ao Poder Estadual e Municipal
As ruas esburacadas do Centro Industrial do Subaé (CIS) têm levantado queixas da população, que se sente cada vez mais prejudicada e cobra mudanças do governo. O empresário da Labovet – Produtos Veterinários, Fernando Falcão, denunciou a situação onde, segundo ele, parece um “cenário de guerra”.
“Eu não sei a quem pertence a jurisprudência daquilo, se é o governo estadual ou o governo municipal, mas para mim pouco importa a corrente política, o que me importa é que eles dêem o mínimo de condição para que os veículos circulem. Esses veículos circulam colocando carga para as indústrias transformarem seus produtos, gerando empregos para a população, mas agora estamos em um caos”, pontuou Falcão.
Ainda segundo o empresário, a cidade não está em boas condições e o responsável pela pavimentação não está cumprindo seu dever para solucionar o problema: “Como um empresário pequeno de Feira, eu pago o IPTU, que não chega nem aos pés das multinacionais instaladas ali naquele local. Deve ser muito dinheiro e ainda assim a gente paga muito ICMS, e um IPTU altíssimo para viver num total descaso”.
A área possui responsabilidades tanto por parte do governo estadual, quanto municipal, o que tem provocado debates entre os líderes governamentais. De acordo com o deputado estadual Zé Neto (PT), o governo do estado corre atrás de arcar com suas devidas responsabilidades, mas falta parceria por parte do município:
“O governo do estado faz, mas se não houver manutenção, não adianta. O Estado não tem como está mantendo sempre, e o município não faz um milímetro de esforço aqui”, diz o deputado, pontuando que a dificuldade é dialogar com o poder municipal e até mesmo a limpeza das ruas não está sendo feita corretamente.
Já segundo o prefeito Colbert Martins Filho, Centro Industrial do Subaé é uma área do Estado, e a prefeitura cabe a responsabilidade de manter a limpeza e iluminação pública: “Quando a situação é muito grave, tomamos algumas medidas emergências, mas a responsabilidade não poderia deixar de ser do governo do estado da Bahia”.
O prefeito afirma que está tomando conhecimento da situação e o poder municipal irá alertar o estado para tomar as ações necessárias. Contudo, caso não seja cumprido, o município irá iniciar as medidas de emergência em defesa do direito dos cidadãos.
Para o presidente do Centro das Indústrias de Feira de Santana (CIFS), Fábio Soares, quem assumiu o CIS foi a secretária de desenvolvimento econômico, que é ligada ao estado. Devido a situação, as associações do CIFS, deliberaram em assumir a manutenção do centro, contudo, para isso é necessário assinar um acordo com a secretária do estado.
“Essa decisão foi tomada em ato público em agosto do ano passado, e até hoje nós não conseguimos assinar esse acordo”, diz o presidente Fábio Soares.