Brasileiro acompanha fumaça preta no Vaticano e reforça fé: “Já amamos o novo Papa sem saber quem é”
Luiz Rogério também tem ligação com Dom Zanoni Demettino Castro, arcebispo metropolitano de Feira de Santana
A expectativa era grande, mas o resultado seguiu o previsto: fumaça preta saiu da chaminé da Capela Sistina nesta quarta-feira (07), indicando que a primeira votação do Conclave terminou sem a eleição de um novo Papa. A Praça de São Pedro ficou completamente lotada durante o momento decisivo, com fiéis e turistas demonstrando ansiedade enquanto aguardavam o sinal visual da chaminé.
A tradição se manteve. Em mais de cinco séculos, a única vez que houve uma fumaça branca na primeira votação foi no ano de 1503. Com 133 cardeais votantes, seriam necessários 89 votos para a escolha de um novo pontífice já neste primeiro escrutínio — algo que dificilmente ocorre devido à chamada “pulverização dos votos”.
“Era aquilo que se esperava”, comentou Luiz Rogério, estudante brasileiro que vive em Roma e acompanhou de perto o momento histórico na Praça de São Pedro.
“Na primeira votação acontece aquilo que a gente chama de pulverização dos votos. Todo mundo vota em todo mundo, qualquer um vota em qualquer um. A partir de amanhã já começa a ficar uma coisa um pouco mais clara, as outras votações já fluem mais para um certo candidato”, explicou.
Luiz Rogério, que também tem ligação com Dom Zanoni Demettino Castro, arcebispo metropolitano de Feira de Santana e referencial para a Pastoral Afro-Brasileira no Brasil, destacou a importância da fé neste momento de transição para a Igreja Católica.
“A igreja permanece vigilante em oração, rezando pelo novo Papa. Nós já o amamos sem saber quem é ele. Agora não é hora de torcida, nem de especulação, é hora de rezar e confiar. Como disse o cardeal na missa desta manhã, será aquele Papa que Deus precisa para este momento da história”, afirmou.
Ao ser questionado sobre a experiência de acompanhar o Conclave diretamente do Vaticano, Luiz não escondeu a emoção.
“É uma experiência única, ainda mais para mim que sou católico. Marca a vida da gente. Vivemos a dor do luto com a perda do Papa Francisco e agora a expectativa da eleição do novo pontífice. É uma experiência de fé muito marcante”, declarou.
Natural de São José dos Campos, no interior de São Paulo, Luiz relatou ainda sua conexão com Dom Zanoni.
“Tive a alegria de trabalhar com ele na articulação da Pastoral Afro-Brasileira. Dom Zanoni é um verdadeiro pai e pastor, acompanha de perto, incentiva e ama essa missão com todas as forças”, completou.
*Com informações de Jorge Biancchi, direto do Vaticano
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