Brasil investiga novo caso suspeito de gripe aviária no Rio Grande do Sul
Com oito casos em análise, país mantém alerta sanitário para evitar avanço do vírus na produção comercial
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) informou, nesta quarta-feira (21), a investigação de um novo caso suspeito de gripe aviária no Brasil. A ocorrência envolve uma galinha de criação doméstica em uma propriedade de subsistência no município de Gaurama, no norte do Rio Grande do Sul. Com isso, o total de casos sob investigação no país chega a oito.
As informações são atualizadas em tempo real no painel oficial do Mapa, que acompanha os focos da doença. Dos oito casos suspeitos, três estão localizados no Rio Grande do Sul.
O estado, inclusive, foi o primeiro do país a confirmar a presença do vírus em uma criação comercial, no município de Montenegro, no Vale do Caí. Desde então, as autoridades intensificaram as medidas sanitárias para conter a disseminação da Influenza Aviária.
Além de Gaurama, outros casos em análise no RS estão nos municípios de Triunfo (em galinhas domésticas) e Derrubadas (em ave silvestre). Uma suspeita anterior em Estância Velha foi descartada.
Os demais focos sob investigação estão em:
- Ipumirim (SC) – criação comercial;
- Garopaba (SC) – ave silvestre;
- Salitre (CE) – galinhas domésticas;
- Aguiarnópolis (TO) – atividade comercial;
- Eldorado do Carajás (PA) – galinhas domésticas.
De acordo com o Mapa, casos envolvendo aves silvestres ou de subsistência não impactam as exportações brasileiras. No entanto, representam risco de disseminação do vírus para os plantéis comerciais, o que preocupa o setor.
Desde 2022, o Serviço Veterinário Oficial já recebeu e analisou 3.953 notificações relacionadas a síndromes respiratórias e neurológicas em aves. A gripe aviária, classificada como Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP), levou quase duas décadas para ser registrada no Brasil, um dos maiores exportadores de carne de frango do mundo.
Até agora, o Brasil confirmou 168 focos da doença: 164 em aves silvestres, três em criações de subsistência e apenas um em produção comercial. O principal desafio das autoridades sanitárias é evitar que o vírus, altamente contagioso, atinja grandes granjas comerciais.
O Ministério da Agricultura reforça que segue em estado de alerta, com foco nas medidas de biosseguridade, isolamento das áreas afetadas, controle no transporte de aves e monitoramento constante da situação.