Política

Bolsonaro fala sobre ataque às urnas eletrônicas, Centrão e pandemia no Jornal Nacional; confira

O candidato foi o primeiro entrevistado da série do JN com presidenciáveis.

23/08/2022 09h32
Bolsonaro fala sobre ataque às urnas eletrônicas, Centrão e pandemia no Jornal Nacional; confira
Foto: Reprodução TV Globo

O atual presidente e candidato a reeleição, Jair Bolsonaro (PL), abriu, nesta segunda-feira (22), a tradicional rodada de sabatinas ao vivo no Jornal Nacional, da TV Globo, com os presidenciáveis que disputam as eleições em outubro. Os primeiros questionamentos feitos por William Bonner e Renata Vasconcellos, apresentadores do telejornal, giraram em torno da lisura das urnas eletrônicas, liberdade de expressão e forças armadas.

STF

“Primeiro, você não está falando verdade, quando diz xingar ministros. Eu quero transparência nas eleições. Vocês, com certeza, não leram o inquérito da Policia Federal de 2018, que inclusive está inconcluso. Se você pode colocar uma tranca a mais na sua casa para evitar que ela seja assaltada você não vai fazer ou não? Então esse é o objetivo disso que eu tenho falado sobre o Tribunal Superior Eleitoral. E outra coisa, em 2014, tivemos eleições, o PSDB duvidou da lisura das eleições e contratou uma auditoria, que disse que as urnas são inauditáveis. Em 2018, teve denúncia de fraude e a senhora Rosa Weber determinou que fosse aberto inquérito pela Polícia Federal  para apurar a fraude. Quem vem sendo perseguido o tempo todo pelo ministro do Supremo sou eu, com um inquérito completamente ilegal”.

Forças Armadas

“Teremos eleições. O ministro Alexandre de Moraes acabou de assumir. Amanhã eu tenho um encontro com o ministro da Defesa para tratar sobre a transparência eleitoral. E tenho certeza que o ministro Alexandre de Moraes vai conversar e vai chegar num bom termo em relação às eleições. Pode ter certeza que teremos eleições limpas e transparentes”.

Liberdade de expressão

“Considero as manifestações nossas sem nenhum ruído. Quando alguns falam em fechar o Congresso, eu considero como liberdade de expressão deles. E para mim, isso faz parte da democracia. Não pode é eu mandar”.

Economia

“As promessas foram frustradas pela pandemia, uma seca enorme, conflito na Ucrânia. Se pegar os dados de hoje, você vê o Brasil com uma deflação. Você vê que a taxa de desemprego tem caído, os números da economia são fantásticos. Queremos continuar na política que estamos fazendo desde 2019. A vacina são as reformas, da previdência, da liberdade econômica, das normas, a grande reforma da economia foi feita em 2019. Nós pegamos 2020 e 2021 tivemos saldo positivo de empregos. Diferente de 2014 e 2015. Isso é sinal de competência da equipe econômica. Programas como Pronanpe e Bem, além do auxílio emergencial que fez com que os municípios não colapsassem. Fui à Rússia conversar com Putin, garantir o fertilizante para nossa safra”. 

Meio Ambiente 

“Na Amazônia, você tem quase 30 milhões de habitantes. Tem que preservar 80% e usufruir de 20%. Tentei nos primeiros anos de mandato fazer a regularização fundiária. O presidente da Câmara não colaborou. A mesma coisa está pegando fogo na Europa, na Califórnia. No Brasil não é diferente, boa parte é criminoso, sei disso, ainda tem o incêndio do ribeirinho”.

“A destruição, o que vinha acontecendo é que o material pode ser retirado do local, mas existe um abuso de uma parte. Tem locais de uma parte que é permitido. Abuso por parte do Ibama”. 

“É uma mentira. Ninguém quer destruir florestas. O acordo Mercosul União Europeia estava travado. A União Europeia quer acelerar o acordo. A Alemanha usa combustíveis fósseis. Países que dizem que deveríamos buscar energias limpas. O Brasil é exemplo para o mundo. O Brasil preserva dois terços de sua área verde”.

Centrão

“O Centrão é composto por 300 parlamentares. Se eu deixar eles de lado, eu vou governador com quem? São 513 deputados, sendo 300 de partidos de Centro, pejorativamente  chamado de Centrão. Não dá para conversar com os 200 que sobram, porque são do Psol, Rede e outros, e eles não teriam número suficiente para aprovar nada”.

“No meu tempo não era Centrão. Mas o importante, estamos sem corrupção. Eu indiquei ministros por critério técnico. Eu não aceitei pressão nenhuma para escalar ministro. Qual o governo teria padrão ministro Tarcísio de Freitas na Infraestrutura?”.

Considerações finais

“Eu peguei o Brasil numa situação critica, na ética, na moral e na econômica, e começamos a trabalhar. Além disso, fizemos muita reforma em 2019. Infelizmente, tivemos a pandemia e ainda tivemos a guerra lá fora e uma seca enorme. E nós fizemos todo o possível para que a população brasileira sofresse o menos possível. Hoje, você nota que o preço do combustível caiu assustadoramente. Nada de canetada. Isso é um trabalho nosso junto ao parlamento brasileiro. Conseguimos 600 de Auxílio Brasil para 20 milhões de pessoas mais pobres e conseguimos a transposição do Rio São Francisco, que estava parada desde 2012, levando água para o nordeste. Nós pacificamos o MST, titulando terras pelo Brasil, sendo que noventa por cento dessas titulações foram para mulheres. Criamos o PIX, sem qualquer taxação e anistiamos a dividas de jovens junto ao FIES”.

Bolsonaro foi o primeiro entrevistado da série do JN com presidenciáveis. Nesta terça-feira (23), será a vez de Ciro Gomes (PDT); na quinta-feira (25), Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e, na sexta-feira (26), Simone Tebet (MDB).  As entrevistas têm duração de 40 minutos.

Informações Bahia Notícias

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