Bispo emérito de Santo André acredita na continuidade das reformas de Francisco com toque original do novo Papa
O bispo emérito expressa o desejo de que o novo pontífice dê continuidade à abertura pastoral de Francisco, com sensibilidade para os desafios contemporâneos.
Enquanto a Igreja Católica aguarda, com expectativa e fé, a eleição do novo Papa, Dom Nelson Westrup, bispo emérito de Santo André (SP), reforça a importância da oração neste momento decisivo. Para ele, a escolha deve refletir o compromisso da Igreja com uma evangelização simples, alegre e voltada a todos os povos, especialmente os mais necessitados.
“Estamos ansiosos aguardando a eleição do novo Papa. A única coisa que nós devemos e podemos fazer enquanto aguardamos o resultado é, sem dúvida, pedir ao Espírito Santo que ilumine os cardeais para que escolham o Papa que será o melhor possível para a evangelização, pensando em todas as partes do mundo, em todos os continentes. Como nós lemos no Evangelho, ela [a mensagem de Cristo] deve chegar a todas as criaturas”, afirmou Dom Nelson.
O bispo emérito expressa o desejo de que o novo pontífice dê continuidade à abertura pastoral de Francisco, com sensibilidade para os desafios contemporâneos.
“Meu desejo pessoal é que o novo Papa seja muito aberto, que continue essa abertura como o Papa Francisco, para levar o Evangelho com muita alegria, com muita simplicidade, a todos. Isso é necessário para a Igreja neste momento.”
Para Dom Nelson, o papel social do novo Papa também será decisivo. “É fundamental, no momento, ir ao encontro daqueles que mais necessitam – de comida, de orientação, de convivência mundial, de fraternidade. Afinal de contas, somos todos irmãos e irmãs. Como seria maravilhoso se houvesse maior caridade e justiça no meio do nosso povo.”
Questionado se acredita que o sucessor de Francisco manterá o caminho das reformas, Dom Nelson é esperançoso: “Eu creio que não é só o Papa sozinho. A Igreja, seus padres, todos aqueles que vão colaborar, farão de tudo para dar sequência à linha pastoral e evangelizadora do Papa Francisco. Mas, claro, com a originalidade de cada novo Papa. Cada um tem sua especificidade.”
Sobre a possibilidade de um Papa brasileiro, Dom Nelson foi lembrado que a Igreja já esteve perto dessa realidade, em 1978, quando Dom Aloísio Lorscheider, então arcebispo de Fortaleza, era cogitado como forte candidato.
“Eu conheci bem Dom Aloísio, mas pessoalmente, eu nunca fui de adivinhar. O que eu faço? Assim que um Papa parte e outro deve vir, eu faço a minha oração, pedindo ao Espírito Santo que ilumine os cardeais para que façam uma eleição segundo o coração de Deus e não segundo a mentalidade do mundo.”
*Com informações de Jorge Biancchi, direto de Roma
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