BC faz aceno ao Ministério da Fazenda, mas mantém posição quanto a taxas de juros
O ministro Fernando Haddad já mostrava desconforto por sentir que o BC não estava valorizando devidamente o esforço fiscal que o governo tem feito em pouco tempo de gestão
A ata divulgada pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) na manhã desta terça-feira (28) reconhece os esforços do Ministério da Fazenda para a queda dos juros, mas fala em “paciência” e “serenidade”.
O ministro Fernando Haddad já mostrava desconforto por sentir que o BC não estava valorizando devidamente o esforço fiscal que o governo tem feito em pouco tempo de gestão.
Apesar dos acenos ao Ministério da Fazenda, o Copom continua alegando que a expectativa de inflação está acima da meta e, por isso, será preciso manter as taxas. Na ata, o comitê afirma ainda que não hesitará em subir novamente os juros, se necessário. Especialistas já avaliam que, apesar dos acenos, a mensagem não mudou o resultado final.
Na ata, o comitê mandou ainda um recado ao BNDES, dizendo que se houver taxas de juros diferenciadas, subsidiadas, como está querendo o Banco Nacional, o juro neutro subirá. Isso significa que será necessário mais juros para o mesmo resultado na inflação.
*Metro 1