Bandeira de energia em julho será amarela; veja como economizar na conta
A conscientização e pequenas mudanças de hábitos podem ser essenciais para enfrentar os períodos de bandeira amarela
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou que, devido a condições menos favoráveis para a geração de energia no país, as contas de luz deste mês serão tarifadas sob a bandeira amarela. Com essa mudança, as tarifas pagas pelos consumidores terão um acréscimo de R$ 1,885 a cada 100 quilowatts-hora (kW/h) consumidos.
O sistema de bandeiras tarifárias foi criado para sinalizar o custo da geração de energia. As bandeiras podem variar entre verde, amarelo e vermelho, este último dividido em dois patamares. As cores indicam o custo da produção de energia em determinado momento. A matriz energética do Brasil é majoritariamente composta por hidrelétricas, que geram energia a partir de rios represados. Contudo, também utilizamos termelétricas, que produzem energia por meio da queima de combustíveis fósseis.
“Basicamente, temos um sistema chamado de bandeira tarifária. As bandeiras podem variar no nível verde, amarelo e vermelho, no um e patamar dois. Que que significa isso? Bom, elas representam o custo de energia gerado, produzido em determinado momento.”, explica um especialista.
As hidrelétricas são a principal fonte de energia do país, mas quando o nível dos rios baixa, a produção de energia diminui, exigindo o acionamento de usinas termelétricas. Essas, por terem um custo operacional mais alto, acabam encarecendo a energia, o que é refletido nas contas de luz dos consumidores.
“Quando a gente tem, por exemplo, uma baixa do índice dos rios, eles acabam secando e aí temos uma produção menor de hidroelétrica. Quando isso ocorre, precisamos ligar mais usinas termoelétricas para produzir calor, através do calor gerar energia, e essas usinas termoelétricas por possuir um custo muito maior de energia, é necessário cobrar uma tarifação maior.”
A recente mudança de bandeira verde para amarela se deve às previsões de menor quantidade de chuva, o que deve exigir maior uso das termelétricas. Apesar de a bandeira amarela não representar o maior custo tarifário, já começa a impactar nas contas.
Para minimizar esse impacto, os consumidores podem adotar algumas medidas. “Podemos fazer para evitar consumir mais energia, que é mais cara neste período. Primeiramente, estamos no inverno, então é muito comum utilizar mais o chuveiro elétrico. Temos que tomar cuidado de não passar muito tempo no chuveiro, porque ele é um grande vilão no consumo de energia. Em contrapartida, por estar mais fresco, podemos usar menos o ar-condicionado. Esse é um bom momento de reflexão, parar de usar o ar condicionado e talvez utilizar mais o ventilador.”
Outras dicas incluem revisar geladeiras para evitar consumo excessivo por problemas de vedação e passar todas as roupas de uma vez só, evitando o uso contínuo do ferro elétrico.
“Esses são os pontos principais do consumo da sua residência. Tomar conta para não ultrapassar e não usar demasiadamente a energia do dia a dia já vai ajudar bastante no consumo e a gente não vai sentir tanto impacto da bandeira amarela.”