Feira de Santana

Banco de Leite do Hospital da Mulher enfrenta escassez de leite humano e pede ajuda de mães lactantes

O trabalho do Banco de Leite é essencial para garantir a nutrição e o desenvolvimento de bebês em situação de risco

06/04/2025 12h02
Banco de Leite do Hospital da Mulher enfrenta escassez de leite humano e pede ajuda de mães lactantes
Foto: Fatima Brandão

O Banco de Leite Humano do Hospital Inácia Pinto dos Santos, o Hospital da Mulher, em Feira de Santana, está enfrentando um momento crítico com a baixa nos estoques. De acordo com a enfermeira Nadja Vieira, que coordena o serviço, a situação é preocupante e pode comprometer a saúde de recém-nascidos internados na UTI neonatal.

“A importância da doação de leite humano é porque esse leite que é doado é fornecido para os bebês que estão na UTI no versário. Esses bebezinhos nascem prematuros, ainda não têm a sucção formada, não sabem sugar nem deglutir, então eles não podem ir ao peito da mãe. Esses bebês necessitam desse leite para sobreviver”, explicou Nadja.

Atualmente, o banco está com cerca de 170 litros coletados, número que não é suficiente para atender à demanda crescente da unidade.

“Estamos realmente com o estoque baixo. Na verdade, nós não temos estoque. No mês de março, coletei 104 litros e distribuí 101”, detalhou a coordenadora.

Além da UTI neonatal, a demanda é aumentada pelos setores Bessário 1 e 2, especialmente este último, onde ficam bebês que já receberam alta, mas retornam ao hospital com algum problema de saúde e continuam necessitando de leite humano.

“Esses bebês tomam uma quantidade bem maior de leite. Às vezes, tomam 20 ml, 40 ml, e isso multiplicado por 8 vezes ao dia representa um volume alto”, reforça Nadja.

A enfermeira faz um apelo para que mães com leite excedente se sensibilizem com a situação e colaborem com o Banco de Leite. Ela destaca que o processo é simples e que não é necessário ir até o hospital.

“Basta ligar para o número (75) 3602-7156. Trabalhamos em parceria com o Corpo de Bombeiros. A bombeira vai até a residência, orienta como retirar o leite, verifica os exames do pré-natal, entrega o kit com touca, máscara e frasco estéril, e já informa o dia em que o carro da rota vai passar para recolher o leite e deixar novos frascos.”

Todo o leite doado passa por rigoroso controle de qualidade antes de ser disponibilizado aos bebês.

“Esse leite, quando chega ao banco, precisa chegar antes de 15 dias congelado. A gente avalia cheiro, cor, sujidade e acidez. Depois ele é pasteurizado, tiramos uma amostra e enviamos para o laboratório. Só após o resultado, que sai entre 48 a 72 horas, é que ele pode ser distribuído para os recém-nascidos da UTI.”

O trabalho do Banco de Leite é essencial para garantir a nutrição e o desenvolvimento de bebês em situação de risco, e depende do gesto solidário de mães lactantes da região. “A doação de leite salva vidas. Estamos precisando muito”, finalizou Nadja.

*Com informações da repórter Isabel Bomfim

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