Bancários de Feira de Santana ameaçam paralisar atividades; entenda
Os trabalhadores defendem 5% de reajuste salarial e a reposição da inflação
Rafael Marques
Em junho deste ano, o Sindicato dos Bancários de Feira de Santana enviou uma série de propostas aos banqueiros com o objetivo de realizar um novo acordo trabalhista. Mas segundo Eritan de Carvalho, que representa a categoria, não houve, até o momento, retorno por parte do patronato.
“Nós entregamos uma minuta com as propostas pra o novo acordo no dia 15 de junho, e após dois meses os bancos não apresentaram sequer uma resposta que contemple o mínimo de pedidos que fizemos. A greve é o nosso último recurso, porque queremos negociar com os banqueiros. Não há motivos pra não darem o que pedimos, haja vista os lucros apresentados nos últimos seis meses”, contou ao De Olho na Cidade, nesta sexta-feira (19).
Entre as reivindicações, os trabalhadores defendem 5% de reajuste salarial e a reposição da inflação.
“Pedimos a reposição da inflação, mais 5% de aumento real e a manutenção dos direitos que temos previstos em convenção coletiva”, revelou.
A data-base da categoria é o dia 1º de setembro. Caso os patrões não respondam os pedidos, a classe corre o risco de perder alguns direitos.
“Os patrões estão dando de ombro à negociação. Fizemos essa proposta há dois meses, só que com a reforma trabalhista todos os trabalhadores perderam o princípio fundamental, que é o chamado princípio da ultra-atividade. No nosso caso, a data-base é 1º de setembro, e se não fecharmos um acordo com a FENABAN e com os bancos oficiais, perderemos todos os direitos”, lamentou.