Bahia gera mais de 16 mil empregos formais em agosto, 67,37% a mais do que em julho
O estado ocupa a quarta colocação na geração de empregos em todo o país, em agosto, segundo os dados do Novo Caged
A Bahia gerou 16.149 empregos formais em agosto, 6.535 a mais do que em julho, o que representa um aumento de 67,97%. Em relação ao mesmo período de 2023 foram 4.469 empregos a mais, um aumento de 38,26%. No acumulado dos últimos 12 meses (agosto de 2023 a agosto de 2024) , o saldo foi 84.438 empregos formais, 6.676 vagas a mais do que no ano passado. O estado ocupa a quarta colocação na geração de empregos em todo o país, em agosto, segundo os dados do Novo Caged, divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
O setor de Serviços apresentou o maior saldo de empregos formais em agosto, representando 58,4% do total (9. 438), seguido do Comércio com 19,6% do saldo total (3.160). A Indústria representou 11,9% do total de vagas (1.922). Já os setores da Construção Civil e Agropecuária apresentaram saldo positivo, mas inferior ao registrado em 2023.
O maior saldo de empregos formais foi registrado para ocupações do grupo Serviços Administrativos, que representou 27,2% (ou 4.400 empregos) do saldo total em agosto de 2024. Em segunda posição, o saldo de emprego para o grupo dos serviços, vendedores do comércio em lojas e mercados, com participação de 27,0% (ou 4.353 empregos) no saldo total, em seguida, as ocupações do grupo Trabalhadores da Produção de Bens e Serviços Industriais (7) que representaram 26,2% (ou 4.229 empregos) do saldo total mensal.
O boletim do Observatório do Trabalho, parceria da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre) com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), ressalta que as mulheres participaram com 52,7% (ou 8.504) do saldo total em agosto de 2024, enquanto os homens representaram 47,3% (ou 7.645) no mesmo mês.
A faixa etária de 18 a 24 anos foi a que registrou maior participação, com 53,5% do saldo total (ou 8.646 empregos). Quanto ao grau de escolaridade, o maior saldo positivo foi registrado nos empregos formais para trabalhadores com Ensino Médio Completo (12.229 empregos ou 75,7% do saldo total mensal).
Redução de juros
Os dados do Novo Caged confirmam que a Bahia tem apresentado índices consistentes na geração de empregos, na avaliação do secretário da Setre, Davidson Magalhães. Ele lembra que no segundo trimestre de 2024, o estado foi o que apresentou o maior índice de redução de desemprego em todo o país. Para que o estado e o país avancem, ainda mais, na oferta de mais e melhores empregos, o gestor defende a redução da taxa de juros pelo Banco Central.
“Houve um aumento do PIB (Produto Interno Bruto), no segundo trimestre, mas ainda insuficiente para as necessidades do desenvolvimento brasileiro. Qualquer aumento na taxa de juro vai inibir isso. Portanto o que nós precisamos é cada vez mais aumentar a atividade econômica, que gera mais renda e também arrecadação por parte do estado”, disse.
O gestor credita o aumento da geração de empregos na Bahial à retomada dos investimentos públicos federais, programas sociais e de uma política de distribuição de renda, com aumento real do salário mínimo, aliada aos investimentos públicos estaduais e às ações de qualificação profissional e intermediação de mão de obra.
O superintendente de desenvolvimento do trabalho da Setre, Rubens Santiago Filho, destaca que a Bahia é o segundo estado brasileiro em investimento público, perdendo apenas para São Paulo. “Até agosto, a Bahia investiu R$ 2 bilhões, aplicados na construção de novas escolas, na saúde, segurança pública, entre outras áreas O cenário nacional encontrou uma Bahia preparada, que tem atraído também investimentos internacionais a exemplo da montadora BYD e empresas de energia renovável”, pontuou.
O Novo Caged de agosto mostra que foram gerados em todo o país mais de 230 mil novos postos de trabalho (232.513), resultado 22% maior do que o apresentado no mês de julho e 5,8% maior do em relação ao contabilizado no mesmo período de 2023. Para alguns especialistas, o Brasil está tecnicamente na condição de pleno emprego, que é aquela em que os que buscam emprego, em sua maioria, conseguem se encaixar no mercado em pouco tempo.