Ativista critica ostentação em caso de furto ao ex-jogador Zico em Paris
“Para os franceses, trazer um milhão na mala é um tipo de ostentação. Você pode trazer o que quiser, porque é seu dinheiro, é individual, mas quem é que vai ter responsabilidade?”, questionou Suzete.
A ativista social Suzete Lima, que reside em Paris há 10 anos, expressou sua opinião sobre o recente furto sofrido pelo ex-jogador Zico em Paris, onde o embaixador do time Brasil nos Jogos Olímpicos foi furtado nas vésperas da abertura oficial do evento. Suzete Lima destacou o episódio como um exemplo de ostentação e levantou questões sobre a desigualdade social.
“Para os franceses, trazer um milhão na mala é um tipo de ostentação. Você pode trazer o que quiser, porque é seu dinheiro, é individual, mas quem é que vai ter responsabilidade?”, questionou Suzete.
A ativista fez uma analogia com a realidade social do Brasil, onde muitos enfrentam dificuldades financeiras, enquanto alguns poucos ostentam riquezas. “A gente faz campanha da fome, de moradia no nosso país, no Brasil. Milhões de pessoas não têm dinheiro para se deslocar de um bairro para outro. Nós estamos vendo como o rico vive no Brasil.”
Suzete concluiu sua fala destacando a desigualdade como um “apartheid social”.
“Então nós podemos pensar o que é essa Olimpíada, não é para todo mundo. Quem traz um milhão e meio é porque tem mais. A gente vive num país onde a desigualdade social é muito grande e nós temos que olhar quem é que pode gastar esse dinheiro”, questiona.
*Com informações de Jorge Biancchi, direto de Paris