Atividade física é aliada na prevenção do AVC, destaca fisioterapeuta
Especialista reforça que movimento regular pode evitar até 80% dos casos
No quadro Neuroreabilitação em Pauta, transmitido pela Rádio Nordeste FM 95,3 no programa Cidade em Pauta, o fisioterapeuta da Reabserv, Vinícius Oliveira, abordou a importância da atividade física como ferramenta de prevenção do Acidente Vascular Cerebral (AVC), uma das principais causas de morte e incapacidade no Brasil e no mundo.
“O melhor remédio é a prevenção. Após o AVC, vêm os cuidados, mas nada substitui a possibilidade de evitá-lo”, ressaltou Vinícius, lembrando que a prática regular de exercícios fortalece o corpo e reduz o impacto das sequelas caso o problema ocorra.
O especialista explicou que o AVC pode ser isquêmico, quando há obstrução do fluxo sanguíneo para o cérebro, ou hemorrágico, quando ocorre o rompimento de um vaso. Entre os fatores de risco estão a hipertensão, obesidade e má qualidade do sangue.
De acordo com Vinícius, a atividade física funciona como um “investimento a longo prazo”:
“Todo mundo que se dedica a se exercitar não está apenas prevenindo o AVC, mas investindo em longevidade e qualidade de vida”, afirmou.
Ele recomenda a combinação de exercícios aeróbicos — como caminhada, corrida, bicicleta e esteira — com treinos de força muscular, que podem ser feitos em academias ou até mesmo em casa, com materiais simples.
“O importante é evitar o sedentarismo. Se o seu trabalho é mais sentado, reserve um tempo maior para se movimentar”, orientou.
O fisioterapeuta também reforçou que qualquer pessoa pode iniciar, mesmo com limitações:
“Quem não pode ir à academia pode fazer polichinelos, caminhadas, agachamentos, ou até carregar peso do dia a dia, como um saco de arroz. O importante é se manter ativo”, disse.
A recomendação mínima para prevenção é de 30 minutos de atividade física, pelo menos três vezes por semana. No caso de quem já sofreu um AVC, a prática também é fundamental para evitar novos episódios.
“Já atendi pacientes que tiveram até cinco AVCs. A atividade física ajuda a reduzir muito esse risco”, pontuou.
Durante a entrevista, Vinícius divulgou a 5ª Corrida de Prevenção do AVC, marcada para 26 de outubro, organizada pelo Hospital Geral Clériston Andrade e pela clínica Reabserv. O evento deve reunir cerca de duas mil pessoas, incluindo pacientes em recuperação.
“É um momento emocionante ver pessoas que tiveram AVC participando, mesmo que apenas na largada. A corrida não é só exercício, é um novo estilo de vida”, destacou.
Aos que levam uma vida sedentária, o fisioterapeuta recomenda começar com ajustes simples: hidratação, alimentação saudável, acompanhamento com profissional de educação física ou fisioterapeuta e metas alcançáveis.
“Junte boa alimentação, atividade física e acompanhamento profissional. É um passo que pode mudar sua vida e a da sua família”, concluiu.