Esporte

Às vésperas do primeiro Ba-Vi do ano, MP-BA não tem previsão de retorno da torcida mista no clássico

Desde 2017, jogos entre os times ocorrem com torcida única

28/01/2025 12h12
Às vésperas do primeiro Ba-Vi do ano, MP-BA não tem previsão de retorno da torcida mista no clássico
Foto: Divulgação/ECV/Felipe Oliveira/ECB

Saudosos são os tempos da rivalidade saudável entre os torcedores dos maiores times da capital baiana. O clássico confronto entre Bahia e Vitória, que se repetirá neste sábado (1º) pela 500ª vez, foi, por muito tempo, sinônimo de embate, mas também de celebração do esporte. Nos últimos anos, no entanto, a convivência entre os rivais se tornou inviável. Desde 2017, após episódios de brigas violentas, os confrontos entre os times ocorrem com torcida única, seguindo determinação da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Mas a possibilidade dos torcedores ocuparem a mesma arena ou estádio em 2025 continua rondando a população e as autoridades. 

O principal argumento para que a configuração ainda não ocorra é a falta de medidas de segurança efetivas para que as partidas sejam realizadas com segurança. 

Brigas no clássico

Os jogos com a mistura adorada pelos soteropolitanos não deixaram de acontecer à toa. Em 2017, um confronto entre torcedores resultou em um tricolor morto e outro baleado. Logo a torcida única foi implementada. Seis partidas depois, houve a tentativa de retomar a união dos povos no fatídico “Ba-Vi da paz”. O nome acabou virando piada diante da confusão generalizada que ocorreu: até os jogadores se envolveram em uma briga e nove deles foram expulsos da partida. 

O que a torcida canta?

Promotor de Justiça do MP-BA, Hugo Casciano de Sant’Anna diz estar otimista com o cenário, mas sem uma previsão exata de quando o clássico poderá acontecer com as torcidas juntas, pois “seria prematuro autorizar essa participação agora”, argumenta. “É do interesse de todos nós que isso seja possibilitado, especialmente neste ano, em que ambos os times estão na primeira divisão”, pontua. Entre as medidas que projeta para garantir a segurança dos torcedores, está a implementação de sistema de câmeras com reconhecimento facial, tanto nas dependências do estádio como nos arredores, além da criação de um cadastro nacional para o registro dos torcedores que tenham medidas judiciais de proibição de ingresso nos estádios. 

Em nota enviada, os clubes se pronunciaram sobre a expectativa desse possível retorno. Enquanto o Bahia afirma estar “em diálogo com os poderes públicos, Polícia Militar da Bahia e Ministério Público Estadual, para avaliar se há alguma mudança de cenário que possibilite o retorno de duas torcidas no clássico”, o Vitória diz que entende que é uma questão de Segurança Pública e garante que as medidas de seguranças serão adotadas quando as autoridades sinalizarem a decisão do – desejado por uns e temido por outros – retorno da mista. 

Mais casos de violência

Pela primeira vez desde outubro de 2019, o Leão da Barra levou a nação rubro-negra em uma visita à Arena Fonte Nova, no último sábado (25) – mas para jogar sem o Bahia. Confortável na caso dos rivais, o Colossal era a equipe visitante no confronto contra o Colo-Colo e fez bonito, pelo menos dentro de campo. Goleou o clube de Ilhéus por 4 a 1, na partida válida pelo Campeonato Baiano. Mas nos arredores da arena, as velhas cenas de violência: torcedores rubro-negros denunciaram ação truculenta da Polícia Militar, com uso de bombas de gás lacrimogêneo e tiros de bala de borracha na frente do estádio. Perto dali, no bairro do Engenho Velho de Brotas, um grupo de torcedores camisas do Vitória foram filmados invadindo e destruindo um bar.

*Com informações Metro 1

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