Arritmias cardíacas e estresse: Cardiologista esclarece sintomas, causas e cuidados essenciais
O Dr. Sérgio Rocha destacou a relação entre o estresse emocional e físico com o surgimento ou agravamento de arritmias.
No Momento IDM Cardio, o cardiologista Dr. Sérgio Rocha trouxe esclarecimentos fundamentais sobre as arritmias cardíacas, condições que variam desde pequenas irregularidades no batimento do coração até situações graves que exigem intervenção imediata.
“A arritmia cardíaca ocorre quando o coração perde o seu ritmo regular de batimento. Isso pode se manifestar de várias formas, como um coração acelerado, um coração que bate mais lentamente, ou até mesmo um coração que, apesar de estar com a frequência normal, apresenta um descompasso em suas batidas. É crucial identificar essas variações para um diagnóstico e tratamento adequados.” explicou o Dr. Sérgio.
O Dr. Sérgio Rocha destacou a relação entre o estresse emocional e físico com o surgimento ou agravamento de arritmias.
“Hoje em dia, no consultório, uma das queixas mais frequentes é a palpitação, muitas vezes ligada ao estresse e à ansiedade, que liberam substâncias adrenérgicas no corpo, acelerando o coração e dando a sensação de que ele está ‘saindo pela boca’. Embora a maioria dos casos não seja grave, é sempre importante registrar essas palpitações com um eletrocardiograma para descartar a presença de arritmias mais sérias”, afirmou o cardiologista.
Quando questionado sobre a predisposição de pessoas com ansiedade crônica a desenvolver arritmias, o Dr. Sérgio esclareceu que “a ansiedade por si só não causa arritmias graves, mas pode levar a uma aceleração do coração que é muitas vezes confundida com arritmia. No entanto, fatores como o consumo excessivo de álcool ou drogas podem desencadear arritmias mais perigosas, como a fibrilação atrial.”
A tecnologia também foi mencionada pelo médico como uma aliada na detecção precoce de arritmias. Ele relatou o caso de um jovem que, ao utilizar um relógio inteligente, foi alertado sobre uma arritmia e, após orientação médica, foi prontamente tratado em um hospital. “Se não fosse pelo recurso tecnológico, o desfecho poderia ter sido diferente”, ponderou.
Dr. Sérgio Rocha enfatizou a importância das consultas regulares e do acompanhamento médico para a detecção precoce de arritmias, citando casos de pacientes que chegaram ao consultório com arritmias graves, mas sem sintomas aparentes.
“Muitos pacientes chegam assintomáticos, mas com arritmias graves que poderiam levar a complicações sérias, como desmaios ou até paradas cardíacas. A consulta de rotina pode ser a diferença entre a vida e a morte.”
O cardiologista também abordou os casos mais graves, como a fibrilação ventricular e a taquicardia ventricular, que podem levar à morte súbita se não tratadas imediatamente.
“Essas arritmias são gravíssimas e, se não houver atendimento rápido, a pessoa pode morrer. Nesses casos, o uso de um desfibrilador é essencial para ‘reiniciar’ o coração.”
Embora algumas arritmias possam ser tratadas e até curadas, Dr. Sérgio explicou que nem sempre o tratamento é 100% eficaz.
“Existem tratamentos medicamentosos e procedimentos que pode eliminar o foco da arritmia, mas não há garantia de que a arritmia não volte. Em casos mais graves, o uso de marcapasso ou CDI (cardiodesfibrilador implantável) pode ser necessário para garantir que o coração continue a bater de forma rítmica.”
Dr. Sérgio Rocha concluiu com uma mensagem de alerta para todos: “Nunca negligencie sintomas cardiológicos. Fazer consultas de rotina e valorizar os sinais do corpo é fundamental para prevenir complicações graves e garantir uma vida saudável.”