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Arquitetura que acolhe: Arquiteta explica como a organização dos ambientes influenciam emoções e produtividade

Casa bonita, mas vazia por dentro? Arquitetura que acolhe transforma espaços em lares

17/04/2025 18h57
Arquitetura que acolhe: Arquiteta explica como a organização dos ambientes influenciam emoções e produtividade

Você já parou para pensar como a arquitetura pode influenciar diretamente o seu humor, sua rotina e até seus relacionamentos? No quadro Home News, do programa Jornal do Meio Dia da Rádio Princesa FM, a arquiteta Camila Almeida falou sobre o conceito de “arquitetura que acolhe” — uma abordagem que vai além da estética e busca criar espaços que realmente conectam com as emoções e necessidades de quem vive neles.

Camila defende uma abordagem mais sensível e funcional da arquitetura.

“Nos meus trabalhos, procuro olhar sempre além da estética. Quero proporcionar aos meus clientes aquilo que eles realmente precisam. É importante entender se os espaços estão funcionando para quem vai morar ou trabalhar neles. São essas pessoas que vão usar, são elas que importam.”

Ao ser questionada sobre quais elementos arquitetônicos são mais eficazes para criar esse ambiente acolhedor, a arquiteta explica que tudo começa com uma escuta atenta.

“A gente sempre faz uma entrevista com o cliente, para entender as necessidades e os sentimentos que ele quer que cada ambiente transmita. Às vezes há um valor histórico, uma memória afetiva, e conseguimos trazer isso por meio de cores, móveis antigos ou modernos, vegetação, iluminação, vãos abertos. Tudo isso unido forma um nicho de emoções.”

Camila também destaca o impacto da disposição dos móveis e da organização do espaço no bem-estar emocional dos moradores.

“Hoje, as pessoas vivem uma rotina muito puxada, com estresse constante. Quando chegam em casa, querem leveza. Então, quando conseguimos criar uma circulação mais fluida, isso influencia diretamente na produtividade e nas emoções.”

Outro ponto fundamental mencionado pela arquiteta é a acústica. “Vivemos em um ambiente urbano muito ruidoso. A acústica tem o papel de quebrar esses ruídos e criar um refúgio. Usamos forros, pisos vinílicos, tratamento nas paredes… tudo para gerar conforto acústico, o que também proporciona mais leveza e aumenta a produtividade.”

A integração com a natureza, ou a chamada biofilia, tem ganhado cada vez mais espaço nos projetos contemporâneos.

“Antigamente, as plantas ficavam só do lado de fora. Hoje, trazemos a vegetação para dentro de casa. Ela ajuda no equilíbrio emocional e promove bem-estar. A presença de elementos naturais faz toda diferença na rotina”, pontua Camila.

Um dos maiores desafios da arquitetura atual, segundo Camila, é ajudar o cliente a se reconectar com suas próprias necessidades.

“Com o avanço da tecnologia e das redes sociais, muita gente chega com um projeto já em mente, influenciado por tendências. Mas às vezes falta identidade, falta pertencimento. Nosso papel é fazer esse resgate através de conversas e análises mais profundas.”

A arquiteta observa ainda que a pandemia da Covid-19 teve um papel crucial nessa valorização da arquitetura que acolhe.

“Depois do isolamento social, percebemos uma maior procura por espaços que promovam a convivência. Ambientes para café da manhã em família, almoços, jantares, um churrasco no fim de semana. Antes, isso era deixado de lado. Hoje, é prioridade.”

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