Arquiteta explica como a psicologia das cores transforma o ambiente residencial
A psicologia das cores, conceito amplamente discutido em áreas como o design e a publicidade, tem influência direta no humor e na sensação de bem-estar dos moradores.
A importância das cores em ambientes residenciais vai muito além da estética. A psicologia das cores, conceito amplamente discutido em áreas como o design e a publicidade, tem influência direta no humor e na sensação de bem-estar dos moradores. A arquiteta e influenciadora Manuela Lula, conhecida como Mana Lula, abordou o tema durante entrevista no quadro Home News do programa Jornal do Meio Dia, enfatizando a relevância das cores no cotidiano residencial.
Mana Lula destacou que as cores são estímulos físicos percebidos pela visão, e que elas impactam tanto a razão quanto a emoção.
“As cores influenciam bastante no nosso bem-estar porque elas impactam diretamente a razão e a emoção da gente, pois são estímulos físicos que percebemos através da visão”, explicou a arquiteta. Segundo ela, o uso correto das cores nos ambientes pode transformar a forma como nos sentimos em casa.
Ao falar sobre a aplicação das cores no design de interiores, Mana Lula citou o livro A Psicologia das Cores, de Eva Heller, como uma referência essencial para entender como diferentes tonalidades afetam as emoções.
“Culturalmente, algumas cores têm associações que são amplamente conhecidas. Por exemplo, as cores do McDonald’s, o vermelho e o amarelo, são usadas para despertar fome e sensação de alerta. Mas, quando trazemos essa questão para a arquitetura, devemos pensar de maneira mais estratégica e personalizada”, explicou ela.
Quando questionada sobre o uso de cores mais ousadas em determinados ambientes, como o lilás ou o vermelho em espaços comerciais, a arquiteta destacou que essa escolha é feita para captar a atenção do cliente, um frator essencial no marketing. Porém, em ambientes residenciais, a abordagem é diferente.
“Nas residências, usamos mais cores neutras, como o cinza, areia e tonalidades claras de azul e verde, que trazem uma sensação de calma e tranquilidade”, explicou.
A arquiteta também abordou a importância de ajustar as cores de acordo com a função de cada cômodo. Para espaços de descanso, como os quartos, cores vibrantes como o vermelho são desaconselhadas, pois causam alerta em vez de relaxamento.
“No quarto, que é um ambiente de alta permanência e descanso, cores mais leves e suaves são recomendadas, como azul e verde em tons mais claros”, sugeriu Mana Lula. Ela explicou ainda que a disposição das cores dentro do quarto deve considerar a vista ao acordar, evitando tons muito vivos que possam gerar desconforto logo pela manhã.
Atualmente, há uma tendência forte para o minimalismo, o que faz com que cores neutras e discretas, como o cinza, dominem os projetos de interiores. Mana Lula acredita, no entanto, que é importante diversificar as escolhas.
“Quando falamos sobre cor nos ambientes residenciais, não falamos necessariamente de cores vivas, mas de tons suaves e que promovam o bem-estar”, ressaltou.
Para quem deseja utilizar a psicologia das cores para transformar sua casa, Mana Lula recomenda uma reflexão pessoal sobre o significado de cada cor.
“O azul remete ao mar, ao céu, ao infinito, enquanto o verde nos lembra da natureza e traz frescor e esperança. Porém, a percepção das cores é subjetiva e pode variar de acordo com as experiências de vida de cada pessoa”, destacou a arquiteta.
O trabalho de Mana Lula pode ser acompanhado através do perfil @manalula.