Arquiteta destaca a importância dos espaços infantis no desenvolvimento das crianças
A especialista explicou como a arquitetura, aliada à neurociência, influencia o comportamento humano, especialmente nos primeiros anos de vida.
Na edição desta semana do quadro Home News, no programa Jornal do Meio Dia da Rádio Princesa FM, a arquiteta Jéssica Meireles abordou um tema essencial para o bem-estar e o desenvolvimento das crianças: o impacto do ambiente no desenvolvimento infantil. A especialista explicou como a arquitetura, aliada à neurociência, influencia o comportamento humano, especialmente nos primeiros anos de vida.
“Nada mais importante do que falar sobre os espaços infantis, pois são o primeiro universo dos bebês. O quarto, por exemplo, é o ambiente onde eles começam a interagir com o mundo”, destacou Jéssica. “Por isso, ao projetar esses espaços, devemos priorizar a funcionalidade e, em seguida, agregar a estética.”
A arquiteta ressaltou que os primeiros anos de vida são marcados por uma intensa formação cerebral e que os ambientes exercem um papel fundamental nesse processo.
“O ambiente impacta o desenvolvimento cognitivo, emocional e motor da criança. Espaços seguros, bem planejados e adaptáveis são essenciais para estimular habilidades, coordenação motora, aprendizado e interação com o espaço e com outras pessoas”, explicou.
A realidade de muitos lares brasileiros apresenta desafios na elaboração de quartos infantis, especialmente em cidades onde os imóveis muitas vezes possuem espaços reduzidos.
“Quando falamos de um quarto de bebê completo, temos berço, cômoda, guarda-roupa, poltrona, no entanto, em espaços menores, é preciso fazer escolhas, optando por móveis multifuncionais e soluções de marcenaria inteligentes”, explicou Jéssica.
Para ela, planejamento é essencial para garantir um ambiente adequado.
“Nem sempre é necessária uma grande reforma. Pequenas mudanças bem planejadas fazem toda a diferença. Equilibrar funcionalidade, estética e orçamento é um desafio que os arquitetos devem enfrentar ouvindo atentamente os desejos e necessidades das famílias”, completou.
Entre as principais recomendações da arquiteta, está a priorização da autonomia da criança no espaço.
“Os móveis devem permitir que a criança acesse sua cama, roupas, brinquedos e livros de maneira independente, promovendo seu desenvolvimento”, afirmou.
Outro ponto fundamental é a sensação de segurança e acolhimento proporcionada pelo ambiente.
“Cada família tem seus valores e rotinas, e isso deve ser traduzido no espaço infantil. Um ambiente bem planejado não é apenas bonito, mas também um local que respeita as necessidades das crianças e de suas famílias, proporcionando conforto e bem-estar”, finalizou.