Feira de Santana

Arquidiocese: Participação dos leigos é importante para o crescimento da igreja

“Jesus quando fundou sua igreja não convidou um sacerdote. É impressionante! Todos os dozes apóstolos eram leigos”, pontua o professor e escritor Luciano Ribeiro.

30/05/2022 17h56
Arquidiocese: Participação dos leigos é importante para o crescimento da igreja
Foto: De Olho na Cidade

Celebrando os 60 anos da arquidiocese, o escritor e professor Luciano Ribeiro, pontua que a criação da instituição em Feira de Santana não é apenas um fato religioso, mas também histórico-social. Segundo ele, a participação de todos na igreja é importante, incluindo os leigos.

O professor conta que antes havia uma hierarquia entre os religiosos, e lá embaixo se encontravam os leigos. Quando um padre, por qualquer razão, precisava ser afastado da igreja, por exemplo, dizia-se que ele fora rebaixado à condição de leigo. Hoje o leigo participa das decisões da igreja e sua importância é reconhecida.

“Jesus quando fundou sua igreja não convidou um sacerdote. É impressionante! Todos os dozes apóstolos eram leigos”, pontua. 

Luciano explica que a palavra “leigo” significa alguém que não possui conhecimento sobre determinado tópico, assim, mesmo dotado de saberes, todos são leigos em alguma situação. “Como é que Jesus via os leigos daquela época e como ele vê hoje? Quando ele virou e disse ‘vós sois o sal da terra e luz do mundo’. Os apóstolos entenderam que ser sal é dar sabor e ser luz é iluminar. A partir daquele momento Deus começou a capacitar os leigos”.

Enfatizando que ‘Deus não escolhe os capacitados, mas capacita os escolhidos’, a arquidiocese criou a Escola de Teologia para Leigos, onde pessoas são capacitadas para que  possa, na sua comunidade ou seu ambiente, proclamar a palavra de Deus. Os fundamentos de fraternidade, união, solidariedade e amor ao próximo são os que formam os leigos.

“Temos uma programação que vai desde assuntos religiosos até os sociais. Ela funciona em núcleos pelas paróquias, hoje temos cerca de 10 núcleos”. 

Dentre todos os feitos dos 60 anos da arquidiocese, o professor destaca os trabalhos sociais como a Fazenda da Esperança, Dispensário Santana, Casa do Monsenhor Jessé, dentre outros que buscam acolher e ajudar os necessitados, promovendo a solidariedade ao próximo.

“As avaliações são feitas a partir das nossas lideranças, e Feira sempre teve bons bispos”. 

Ele também destaca a participação em eventos universitários, como os da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), enfatizando o compromisso social que a arquidiocese promove no desenvolvimento do município.

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