Após oito anos, Mercosul e EFTA finalizam acordo de livre comércio
Parceria amplia acesso a mercados ricos como Suíça e Noruega
O Mercosul concluiu as negociações iniciadas em 2017 e firmou um acordo comercial com a Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA), formada por Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein. O anúncio foi feito durante a 66ª Cúpula do bloco sul-americano, realizada em Buenos Aires, e destacado pelo vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin como um passo importante para ampliar o acesso a mercados de alta renda.
Segundo ele, após os avanços com Singapura e a União Europeia, o novo entendimento com a EFTA representa um marco para as exportações industriais do Mercosul. O acordo, resultado de oito anos de negociações, demonstra que o diálogo pode impulsionar a economia, promovendo emprego e renda nos países envolvidos.
Embora as negociações tenham sido encerradas, os termos ainda precisam ser aprovados internamente por cada membro. O Mercosul é composto por Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Bolívia, esta última em processo de adesão ao bloco. A EFTA, criada em 1960, reúne cerca de 15 milhões de habitantes e um PIB combinado de US$ 1,4 trilhão.
Em nota, o governo brasileiro ressaltou que o mercado de serviços da EFTA é um dos maiores do mundo. Em 2024, o bloco movimentou US$ 284 bilhões em importações e US$ 245 bilhões em exportações de serviços, superando países como Japão, Itália e Canadá em volume comercial. O Brasil assumirá a presidência temporária do Mercosul pelos próximos seis meses.
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