Em comemoração ao Dia do Professor e ao Dia do Servidor Público, comemorados no mês de outubro, a APLB Feira realizou, nesta quinta-feira (30), uma programação cultural e política voltada aos trabalhadores da educação das redes estadual e municipal. O evento aconteceu na sede do sindicato, na Rua Barão do Cotegipe, reunindo professores, servidores e convidados para um dia de debates, apresentações culturais, lançamentos de livros e confraternização.

A atividade contou com a participação do coordenador-geral da APLB Sindicato, professor Rui Oliveira, e da presidente da APLB Feira, professora Marlede Oliveira, que destacou a importância do encontro como momento de valorização da categoria e de mobilização contra a chamada PEC 38, que propõe mudanças na estrutura do serviço público.

“Marcamos essa atividade hoje, no dia 30, porque o Dia do Professor foi em 15 de outubro e o do funcionalismo público em 28. Queríamos uma data que contemplasse todos os trabalhadores da educação que integram o nosso sindicato”, explicou Marlede.

A presidente também ressaltou que o evento teve como objetivo discutir a Reforma Administrativa, considerada pela entidade como um ataque aos direitos dos servidores públicos.

“Essa PEC não é uma reforma, é um ataque aos direitos dos trabalhadores e à comunidade. A privatização do serviço público só interessa ao setor privado, não à população. Quando você privatiza, entrega o dinheiro público para empresas, piorando o atendimento à comunidade”, afirmou.

Durante o evento, os participantes acompanharam ainda apresentações culturais, oficina de forró, lançamentos de livros de trabalhadores da educação, apresentação do coral da APLB Feira e coffee break. A programação segue até a noite, com voz e violão, samba e sorteio de brindes.

O coordenador-geral da APLB, professor Rui Oliveira, destacou o papel do sindicato na defesa dos direitos dos trabalhadores e na luta por uma escola pública de qualidade.

“A APLB é uma entidade forte, com mais de 100 mil filiados na Bahia. Nossa missão é garantir e ampliar direitos. Queremos escolas bem equipadas, climatizadas, com ginásio, quadra coberta, informática e condições dignas para trabalhar. Educação pública de qualidade é direito de todos”, afirmou.

Rui Oliveira também criticou a PEC 38 e outras reformas aprovadas nos últimos anos.

“Toda vez que vem uma reforma, é pra tirar direito. Foi assim com a Reforma Trabalhista, com a da Previdência e agora com a Reforma Administrativa. É preciso derrotar essa proposta, porque ela enfraquece o Estado e o serviço público. Queremos valorização, concurso público e pagamento do piso do magistério”, defendeu.

O professor destacou ainda que a categoria enfrenta adoecimento mental e defendeu melhores condições de trabalho e remuneração.

“Os trabalhadores da educação estão adoecidos. Precisamos de um ambiente saudável, de respeito e valorização. A APLB continuará mobilizada em defesa da escola pública gratuita, de qualidade e da dignidade dos seus profissionais”, completou.

*Com informações de Ednalva Valença