Apenas obras de mulheres estão nas leituras obrigatórias da Fuvest 2026
Relação valerá a partir de 2026 até 2028 e tem nomes como Clarice Lispector, Conceição Evaristo, Djaimilia Pereira de Almeida
A Fuvest, vestibular para o ingresso na Universidade de São Paulo (USP), tem uma nova lista de leituras obrigatórias para o exame que contempla as escritoras brasileiras e estrangeiras. Essa relação valerá a partir de 2026 até 2028 e tem nomes como Clarice Lispector, Conceição Evaristo, Djaimilia Pereira de Almeida, Julia Lopes de Almeida, Lygia Fagundes Telles, Narcisa Amália, Nísia Floresta, Paulina Chiziane, Rachel de Queiroz e Sophia de Mello Breyner Andresen.
A presidente do Conselho Curador da Fuvest e vice-reitora da USP, Maria Arminda do Nascimento Arruda, afirma que a mudança vem para valorizar o papel das mulheres na literatura, não apenas como personagens, mas como autoras.
Segundo a Fuvest, a partir de 2029, autores da literatura brasileira e de língua portuguesa voltam a aparecer na lista, como Machado de Assis, Erico Verissimo e Luís Bernardo Honwana. Nessa lista também aparecem quatro obras escritas por autoras e autores negros, além de Incidente em Antares, de Erico Verissimo, escolhida por representar a literatura fantástica.
Os livros escolhidos para 2026 são: Opúsculo Humanitário (1853) – Nísia Floresta; Nebulosas (1872) – Narcisa Amália; Memórias de Martha (1899) – Julia Lopes de Almeida; Caminho de pedras (1937) – Rachel de Queiroz; O Cristo Cigano (1961) – Sophia de Mello Breyner Andresen; As meninas (1973) – Lygia Fagundes Telles; Balada de amor ao vento (1990) – Paulina Chiziane; Canção para ninar menino grande (2018) – Conceição Evaristo; A visão das plantas (2019) – Djaimilia Pereira de Almeida; João Miguel (1932) – Rachel de Queiroz; A paixão segundo G. H. (1964) – Clarice Lispector; Geografia (1967) – Sophia de Mello Breyner Andresen.
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