Agressão de policial a mulher em Feira será apurada por PM e Secretaria de Justiça
Um vídeo do momento em que o policial agride a mulher com um tapa no rosto viralizou nas redes sociais e gerou forte repercussão.
A Polícia Militar da Bahia (PMBA) e a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH) se manifestaram oficialmente sobre o caso de agressão envolvendo um policial militar e uma mulher durante uma abordagem no conjunto habitacional Vida Nova Aviário I, em Feira de Santana, na noite de terça-feira (15). Um vídeo do momento em que o policial agride a mulher com um tapa no rosto viralizou nas redes sociais e gerou forte repercussão.
De acordo com a Polícia Militar, a guarnição estava em diligência após um homem em uma motocicleta fugir ao avistar os agentes, abandonando o veículo e entrando em um conjunto residencial. Durante a ação, foi realizada uma varredura no local. As imagens da agressão, no entanto, mostram um policial se excedendo ao agredir fisicamente uma mulher que estava presente.
A PMBA informou, em nota, que o policial envolvido foi identificado e um processo administrativo foi instaurado para a apuração rigorosa dos fatos. A corporação destacou que “rechaça condutas que extrapolem os limites da legalidade e da razoabilidade” e que tais comportamentos “destoam dos princípios éticos e técnicos transmitidos nos cursos de formação da corporação”.
A nota da Polícia Militar também assegura que outras circunstâncias relacionadas à ocorrência estão sendo apuradas, com o compromisso de manter a legalidade, o respeito aos direitos humanos e uma atuação ética e transparente.
Já a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos, por meio de nota oficial, repudiou o episódio e afirmou ter formalizado a denúncia à Corregedoria da Secretaria de Segurança Pública e ao Ministério Público da Bahia, solicitando a apuração administrativa e criminal do caso.
A SJDH classificou o ato como um exemplo de comportamento que não pode ser tolerado no serviço público e reforçou a necessidade de que os agentes de segurança atuem dentro dos princípios constitucionais e do respeito aos direitos humanos.
“Não podemos permitir que o necessário trabalho das forças de segurança sucumba diante de atitudes excessivas e inadequadas de quem atua fora dos protocolos institucionais”, diz a nota da secretaria.
A SJDH reforçou ainda que acompanhará os desdobramentos do caso e está à disposição para receber outras denúncias de violação de direitos humanos. Também destacou que é dever do Estado reagir de forma segura e objetiva a episódios como este, que, segundo a pasta, “minam a confiança nas instituições e fragilizam a imagem dos profissionais de segurança pública”.
As investigações seguem em andamento, e os órgãos responsáveis afirmaram que irão adotar todas as medidas cabíveis para a responsabilização do agente envolvido.
*Com informações do repórter Robson Nascimento