Aeroporto de Feira de Santana encerra operações comerciais
O gestor do aeroporto, Gilmar Prazeres, revelou que a equipe foi pega de surpresa com a decisão da Azul.
O Aeroporto João Durval Carneiro deixa de ter voos comerciais a partir desta segunda-feira, dia 1º de julho. A decisão foi tomada pela Azul, a única empresa aérea que operava na cidade, encerrando suas atividades na região. Os voos eram realizados por uma aeronave ATR 72-600, com capacidade para 72 passageiros, e tinham como destino a cidade de Recife.
O gestor do aeroporto, Gilmar Prazeres, revelou que a equipe foi pega de surpresa com a decisão da Azul.
“Uma situação que a gente não esperava. No final de maio, a Azul formalizou, por e-mail, a solicitação de cancelamento das operações no aeroporto de Feira de Santana a partir do dia 1º de julho de 2024. Agora estamos em tratativas com a Azul Connect para tentar trazer uma outra linha para Feira de Santana, para não deixar a cidade e região desamparadas de transporte aéreo.”
Em nota, a Azul esclareceu que a suspensão faz parte de um processo normal de ajuste entre a capacidade e a demanda. A empresa garantiu que os clientes afetados receberão a assistência necessária. Vale lembrar que, no final do ano passado, o aeroporto de Feira de Santana já havia deixado de operar os voos da linha Salvador-Feira.
João Henrique, um entusiasta da aviação e administrador de uma página no Instagram dedicada ao aeroporto de Feira de Santana, comentou sobre a situação.
“Você percebe que o aeroporto tem alguns problemas, mas a descontinuidade desses voos decorre principalmente pela queda acentuada da demanda nos últimos três meses. Desde fevereiro, março e abril, tivemos ocupações abaixo dos 50%, o que acende o sinal de alerta para a Azul. Além disso, há muitos cancelamentos por parte da Azul, o que gera uma falta de confiança na população em utilizar os voos daqui.”
João Henrique também destacou que o aeroporto não suporta aeronaves maiores, o que limita as operações.
“A Azul já informou que pretende colocar um voo para São Paulo, mas isso só ocorrerá quando a estrutura de voo por instrumentos estiver disponível. Há uma expectativa de que, no futuro próximo, esses voos possam retornar.”
*Com informações do repórter Danillo Freitas