Feira de Santana

Advogado diz que suspeita de homofobia teria sofrido maus-tratos no Hospital da Mulher

Ainda de acordo com o advogado, durante o atendimento, sua cliente não foi tratada de forma cortês e educada, sendo, inclusive, mandada se retirar da sala

07/06/2023 14h08
Advogado diz que suspeita de homofobia teria sofrido maus-tratos no Hospital da Mulher

Após a denúncia do médico Phelipe Balbi Martins, que relatou ter sido vítima de homofobia enquanto trabalhava no Hospital da Mulher de Feira de Santana, o advogado Armênio Seixas, contratado pelos familiares da mulher suspeita, afirmou que ela teria sofrido maus-tratos na unidade de saúde.

Ainda de acordo com o advogado, durante o atendimento, sua cliente não foi tratada de forma cortês e educada, sendo, inclusive, mandada se retirar da sala. Em resposta, ela teria expressado sua insatisfação em ser atendida por “esse tipo de gente”. O advogado ressalta que essa expressão não se referiu à orientação sexual do médico, mas sim ao suposto comportamento mal-educado e desrespeitoso do profissional.

Questionado sobre como a defesa pretende provar que sua cliente não agiu com homofobia, o advogado respondeu que o ônus da prova recai sobre quem faz a acusação. Segundo ele, o médico terá que apresentar evidências de que sua cliente manifestou explicitamente seu descontentamento em ser atendida por um profissional homossexual.

“A defesa, por sua vez, trabalhará com a tese de negativa de autoria, argumentando que sua cliente não utilizou termos ofensivos relacionados à orientação sexual do médico, mas apenas expressou sua insatisfação com o tratamento recebido”

O advogado também mencionou um histórico de reclamações sobre o tratamento oferecido pelo Hospital da Mulher, enfatizando que a situação atual se enquadra no contexto mais amplo de problemas enfrentados pelos pacientes. A defesa alega que sua cliente está sendo pressionada e exposta, sofrendo violência obstétrica, já que, desde o parto, ela solicitou atendimento psicológico que ainda não foi providenciado.

Quanto ao estado emocional de sua cliente diante da situação, o advogado relatou que ela está tranquila por saber que não cometeu nenhum ato homofóbico. No entanto, ele ressaltou que ela precisa de auxílio, acolhimento e cuidados devido às dificuldades enfrentadas. O advogado alertou sobre as consequências para qualquer testemunha que possa mentir no judiciário, afirmando que a prioridade no momento é o cuidado com sua cliente, em vez de pressioná-la ainda mais.

Em resposta, o diretor do Hospital da Mulher, Francisco Mota, disse que as testemunhas já foram convocadas para serem ouvidas.

“Existem testemunhas que viram o que aconteceu, em nenhum momento foi feito relato que a paciente foi destratada, isso naturalmente é uma estratégia da defesa. Diante do que foi apurado, existem testemunhas que já foram convocadas para ser ouvidas na delegacia que está apurando a denúncia”, relata.

Comentários

Leia também

Feira de Santana
PEC da Segurança Pública vai prever competências de guardas municipais

PEC da Segurança Pública vai prever competências de guardas municipais

Texto incorpora entendimento do STF sobre essas corporações
Feira de Santana
Carro pega fogo em avenida movimentada de Feira de Santana e mobiliza equipes de emergência

Carro pega fogo em avenida movimentada de Feira de Santana e mobiliza equipes de emergência

O incidente ocorreu por volta das 15h16, nas proximidades de um posto de combustíveis...
Feira de Santana
Fundação Hospitalar chama atenção para prevenção ao câncer de colo do útero durante lançamento da Campanha Março Lilás

Fundação Hospitalar chama atenção para prevenção ao câncer de colo do útero durante lançamento da Campanha Março Lilás

O evento aconteceu no Centro Municipal de Prevenção ao Câncer (CMPC), e trouxe o tema...