Feira de Santana

Acidentes com motos e problemas cardíacos lideram internações na UTI do Clériston Andrade

O hospital se destaca tanto no atendimento a pacientes vítimas de traumas quanto nos casos clínicos de alta complexidade, especialmente neurológicos.

08/10/2025 18h19
Acidentes com motos e problemas cardíacos lideram internações na UTI do Clériston Andrade
Foto: ASCOM/HGCA

Os acidentes envolvendo motocicletas e os problemas cardíacos estão entre as principais causas de internação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA), em Feira de Santana. A informação foi confirmada pelo médico intensivista Dr. Lúcio Couto, que destacou o perfil de atendimentos da unidade e o avanço tecnológico que tem contribuído para salvar vidas.

“O Clériston Andrade é um hospital de referência para uma macrorregião gigantesca, que abrange 127 municípios”, explicou o médico. “Hoje contamos com 68 leitos de UTI, um número que surgiu como fruto de planejamento e expansão iniciada antes da pandemia, mas acelerada durante aquele período. Saímos de 18 para 68 leitos, o que foi um avanço expressivo, embora ainda insuficiente diante da alta demanda.”

Segundo o intensivista, o hospital se destaca tanto no atendimento a pacientes vítimas de traumas quanto nos casos clínicos de alta complexidade, especialmente neurológicos.

“Os acidentes ocupam uma porcentagem expressiva dos leitos, mas também há muitos pacientes com eventos neurológicos agudos. O Clériston é hoje uma das maiores referências na Bahia no atendimento ao paciente com AVC”, afirmou.

Ele lembrou que o hospital possui uma UTI exclusiva para pacientes neurocríticos, com 20 leitos e uma unidade especializada para atendimento a pacientes pós-AVC.

“É um hospital com um olhar muito forte na área do trauma, mas também com uma evidência crescente no tratamento clínico do doente neurocrítico”, pontuou.

Dr. Lúcio também ressaltou o papel das novas tecnologias no cuidado intensivo. “Trabalho nessa área há 20 anos e sou um entusiasta das inovações que nos ajudam a tomar decisões mais precisas. A tecnologia jamais substituirá o bom médico à beira do leito, mas hoje temos recursos que aprimoram muito nossa capacidade de diagnóstico e tratamento”, afirmou.

Entre os avanços citados, ele destacou o uso da ultrassonografia beira-leito, que auxilia na identificação de condições críticas como choques cardiogênicos e sepse.

“O intensivista precisa ter a capacidade de realizar o exame e, a partir dele, definir se o paciente precisa de mais líquidos, de drogas vasoativas ou de outras intervenções. Esse recurso está cem por cento disponível nas UTIs, centros cirúrgicos e emergências do Clériston”, explicou.

Outro exemplo citado foi o uso de monitorizações minimamente invasivas, que permitem avaliar indicadores da função cardíaca e do equilíbrio hídrico do corpo.

“Através desses monitores de última geração conseguimos medir a quantidade de água fora da circulação, a chamada água transpulmonar, além da contratilidade cardíaca e da resistência vascular. São informações fundamentais para definir condutas seguras e eficazes”, completou o médico.

*Com informações do repórter Robson Nascimento

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