Brasil

A cada 15 horas uma mulher foi vítima de feminicídio em 2023 no Brasil

Todas as mulheres que estiverem inseridas em contextos de violência podem procurar o órgão no endereço: rua Barão do Rio Branco, 1723, Centro. Funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h – sem intervalo.

07/03/2024 15h45
A cada 15 horas uma mulher foi vítima de feminicídio em 2023 no Brasil
Foto: Getty Images

A cada quinze horas uma mulher foi morta por causa de seu gênero em 2023, majoritariamente pelas mãos de parceiros e ex-parceiros – mais de 70% dos casos – munidos de armas brancas ou de fogo. No total 586 casos de feminicídio foram registrados em 2023. Os dados revelados são do novo boletim “Elas Vivem: liberdade de ser e viver”, da Rede de Observatórios da Segurança, divulgado nesta quinta-feira (7).

Ainda conforme o boletim, a cada 24 horas ao menos oito mulheres foram vítimas de violência em 2023 – em oito dos nove estados monitorados (BA, CE, MA, PA, PE, PI, RJ, SP). No total, 3.181 registros – o que representa um aumento de 22,04% em comparação a 2022, quando Pará e Amazonas ainda não faziam parte deste monitoramento.

Ameaças, agressões, torturas, ofensas, assédio, feminicídio. São inúmeras as violências sofridas que não começam ou se esgotam nas mortes registradas. De acordo com a secretária da Mulher, Gerusa Sampaio, os dados representam uma realidade cruel. Mas com a ajuda da Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres, em Feira de Santana, é possível quebrar o ciclo da violência.

“As mulheres que tiveram a coragem de quebrar o silêncio e denunciar merecem todo nosso respeito. Em Feira o serviço de proteção à mulher possui uma rede fortalecida e preparada para amparar as mulheres e a família, com muita credibilidade. É uma assistência efetiva que a mulher pode confiar”, afirma.

Ainda segundo Gerusa Sampaio, no município os números de denúncia de violência contra a mulher cresceram, mas os de feminicídio não. “Isso aponta a eficácia da atuação da rede de proteção à mulher, especialmente por termos uma delegacia e ronda policial específica como a DEAM e a Ronda Maria da Penha. Mesmo assim, precisamos cada vez mais de políticas públicas para reduzir os índices”, destaca.

ASSISTÊNCIA ÀS VÍTIMAS

No Centro de Referência Maria Quitéria (CRMQ), a vítima encontra apoio na rede de proteção à mulher. O órgão tem como principal objetivo apoiar as mulheres vítimas de violência. Os serviços oferecidos incluem atendimento multiprofissional, orientação para registro de ocorrências, solicitações de medidas protetivas e encaminhamentos para cursos profissionalizantes.

Todas as mulheres que estiverem inseridas em contextos de violência podem procurar o órgão no endereço: rua Barão do Rio Branco, 1723, Centro. Funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h – sem intervalo.

Feira de Santana também possui o Programa Acolhe – iniciativa do Instituto Avon em parceria com a Secretaria da Mulher – e a Casa Abrigo Regional (destinada a vítima de violência em risco de morte), alguns dos programas de acolhimento que dão suporte a mulheres vítimas de violência que não tenham um vínculo familiar fortalecido ou um local seguro quando é necessário o distanciamento de suas casas.

Comentários

Leia também

Brasil
Governo federal reconhece calamidade pública em 300 municípios do Rio Grande do Sul

Governo federal reconhece calamidade pública em 300 municípios do Rio Grande do Sul

Número de mortes subiu para 78; ainda há 105 pessoas desaparecidas
Brasil
Número de mortes no RS chega a 78; mais de 100 pessoas estão desaparecidas

Número de mortes no RS chega a 78; mais de 100 pessoas estão desaparecidas

A Defesa Civil soma 107,6 mil pessoas fora de casa e 334 municípios afetados. Aeroporto...
Brasil
Número de mortos no Rio Grande do Sul sobe para 56 devido a fortes chuvas

Número de mortos no Rio Grande do Sul sobe para 56 devido a fortes chuvas

Evento climático extremo atinge o estado desde início da semana