Autismo representa 31% dos atendimentos no CAPS Infantil
Nos últimos anos, ocorreu um aumento na procura de pessoas com TEA em comparação aos demais transtornos
Em Feira de Santana, 1.153 crianças e adolescentes diagnosticados com o Transtorno do Espectro Autista (TEA) recebem acompanhamento multidisciplinar no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS Infantil), espaço onde é trabalhado a autonomia e a inclusão social desses pacientes. O Dia Mundial de Conscientização do Autismo é celebrado nesta quarta-feira (2).
A coordenadora do CAPS Infantil, Liliane Cotias, destaca que, nos últimos anos, ocorreu um aumento na procura de pessoas com TEA em comparação aos demais transtornos. Dados da Secretaria Municipal de Saúde apontam que, entre 2022 e 2024, o autismo foi responsável por 31% dos atendimentos na unidade.
“O CAPS tem o compromisso de dar suporte não apenas às crianças e adolescentes atendidos, mas também aos familiares. A vida das pessoas com TEA é cheia de desafios, tanto pelos aspectos do transtorno em si quanto pelo preconceito ainda presente. Nosso trabalho aqui é, justamente, promover a conscientização e o respeito às diferenças”, afirmou Liliane.
Segundo o secretário municipal de Saúde, Rodrigo Matos, o fortalecimento da rede de assistência para pessoas com autismo será realizado de forma integrada com outras áreas do governo. Um exemplo desse esforço é a criação de novos serviços de saúde no Centro de Referência Municipal para Pessoas com Transtorno do Espectro Autista Dr. Ildes Ferreira de Oliveira (CER-TEA).
“O autismo é um transtorno que afeta o neurodesenvolvimento e interfere na comunicação, comportamento e interações sociais. Muitas crianças podem apresentar seletividade alimentar, preferências específicas por determinados alimentos, hiperfoco em certos temas ou objetos e dificuldades na fala”, explicou Matos.
No CAPS Infantil, o atendimento é realizado por uma equipe interdisciplinar composta por psicólogos, psiquiatras, enfermeiras, assistentes sociais, nutricionista, psicopedagoga e fisioterapeuta. Para acessar os serviços, é necessário que o responsável pela criança ou adolescente procure a unidade para orientações sobre a assistência.
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