João Roma detalha reencontro entre Bolsonaro e Valdemar Costa Neto
O encontro ocorreu após a revogação da medida imposta pelo ministro Alexandre de Moraes, que impedia a comunicação entre os dois.
Em entrevista à Rádio Princesa FM, no programa Jornal do Meio Dia, o ex-ministro da Cidadania e presidente estadual do PL na Bahia, João Roma, comentou sobre a recente reunião entre o ex-presidente Jair Bolsonaro e o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto. O encontro ocorreu após a revogação da medida imposta pelo ministro Alexandre de Moraes, que impedia a comunicação entre os dois.
“Ontem foi um dia muito feliz porque caiu aquela medida que impedia Bolsonaro de conversar com o presidente do PL, Valdemar Costa Neto. Ontem, portanto, foi o dia do reencontro entre os dois. Eu estava presente e acompanhei essa reunião, que seguiu depois para um almoço aqui em Brasília”, relatou Roma.
Durante a conversa, foram debatidos temas como a estruturação partidária e os preparativos para a manifestação marcada para o próximo domingo, 16 de março, no Rio de Janeiro. Além disso, Bolsonaro está mobilizando parlamentares de diversos partidos para apoiar a tramitação da anistia para os envolvidos nos atos de 8 de janeiro.
Questionado sobre a possibilidade de aprovação da anistia na Câmara dos Deputados, Roma se mostrou otimista: “A maioria só se confirma após a votação, mas hoje já se sinaliza uma expressiva maioria para viabilizar essa tramitação. Para além da bancada do PL, que é a maior na Câmara, vários outros partidos estão favoráveis à medida, considerando as penas totalmente desproporcionais aplicadas a muitas dessas pessoas”.
Ao ser questionado sobre a tramitação da anistia no Senado, Roma minimizou possíveis dificuldades e ressaltou que a principal barreira no momento é a definição da pauta na Câmara.
“O grande X da questão é conseguir pautar. Uma vez aprovada na Câmara, ela iniciará uma nova jornada no Senado. Mas, pelo número de senadores que já se manifestaram favoravelmente, acredito que também não teremos dificuldades lá”.
Sobre o impacto da anistia para Bolsonaro, Roma esclareceu que a medida não está relacionada à inelegibilidade do ex-presidente.
“Desde o início, Bolsonaro deixou claro que essa anistia não é para ele, mas para aqueles que participaram das manifestações e estão enfrentando penas desproporcionais. O que afeta a elegibilidade de Bolsonaro é um único processo relacionado à reunião com embaixadores, um caso frágil que pode ser revertido. Isso reforça a tese de que Bolsonaro poderá ser candidato à presidência novamente no próximo ano”.