O futuro da Micareta de Feira: Empresários propõem estratégias para promover o turismo e comércio durante a festa
Em entrevista ao programa Cidade em Pauta (Rádio Nordeste FM), o vereador Galeguinho SPA, também cantor e representante da classe artística de Feira de Santana, trouxe à tona preocupações sobre a organização da Micareta de 2025. Segundo ele, o evento, que é uma das maiores festas populares da cidade, precisa de mais planejamento e estratégias […]
Em entrevista ao programa Cidade em Pauta (Rádio Nordeste FM), o vereador Galeguinho SPA, também cantor e representante da classe artística de Feira de Santana, trouxe à tona preocupações sobre a organização da Micareta de 2025. Segundo ele, o evento, que é uma das maiores festas populares da cidade, precisa de mais planejamento e estratégias para alcançar seu pleno potencial.
“Ultimamente, a gente vê que o único empresário que colocava camarotes no circuito da Micareta já deixou claro que não irá mais realizar esse camarote nesse espaço público. Isso acaba prejudicando muito o evento. O que falta, na verdade, é planejamento. Temos o ano inteiro para planejar, mas a micareta só é tratada após a festa passar. É preciso mais cuidado e carinho com um evento que é esperado por todo o público da nossa cidade”, afirmou o vereador.
Galeguinho SPA sugeriu ainda a mudança da data do evento, atualmente marcada para o mês de maio. Ele propôs antecipá-la para janeiro ou fevereiro, como uma forma de aproveitar a alta demanda de turistas durante o verão na Bahia.
“Após o verão, as pessoas já gastaram muito, e o público para a Micareta diminui. Colocando a festa no início do ano, a cidade se enche de turistas, e o evento ganha mais força”, argumentou.
Sobre a estrutura da festa, o vereador sugeriu o retorno do modelo antigo de camarotes dispostos ao longo de corredores, o que, segundo ele, trouxe um brilho único à festa.
“Aquilo era magnífico! Era o ápice da festa. Precisamos resgatar essa autoestima da micareta, para que ela não seja apenas mais uma festa, mas o grande evento da cidade”, destacou Galeguinho.
Em relação ao local, ele também se mostrou favorável à mudança, sugerindo a Fraga Maia como nova sede para o evento.
“A Fraga Maia é o coração de Feira, com bares e entretenimento, e tem um espaço mais adequado para organizar a festa, com menor custo para o município”, completou.
O presidente do Sicomércio de Feira de Santana, Marco Silva, também se posicionou sobre as mudanças necessárias para a micareta, destacando que o evento precisa ser repensado de forma estratégica.
“A micareta, nos últimos anos, não tem trazido o retorno esperado para o comércio da cidade. A Bahia, por exemplo, recebe 4,5 bilhões de reais durante o Carnaval. Já a nossa micareta, infelizmente, não tem gerado o mesmo impacto”, afirmou.
Ele também reforçou a importância de considerar o impacto no comércio local durante a realização do evento, apontando que o formato atual da micareta tem prejudicado o funcionamento normal de setores comerciais importantes.
“Nós já temos uma grande concentração de turistas durante o Carnaval, e talvez seja mais estratégico realizar a micareta nesse período, aproveitando o fluxo turístico da Bahia. O São João, por exemplo, deixa um legado muito positivo para a cidade, algo que a micareta tem perdido”, avaliou.
Marco Silva defendeu a reestruturação da festa para que ela não perca sua essência. “A Micareta de Feira de Santana era uma festa que unia a cidade e o comércio. Hoje, infelizmente, vemos que o evento perdeu essa característica e precisa ser reformatado para trazer resultados positivos para todos”, concluiu.