Educação

Formação e transformação, educadora destaca o impacto da educação na vida das mulheres

Cerca de 60% das pessoas que se formam no ensino superior são mulheres, mas elas ainda ganham, em média, 20% a menos que os homens, de acordo com dados do Ministério do Trabalho.

14/03/2025 20h04
Formação e transformação, educadora destaca o impacto da educação na vida das mulheres

Dentro da programação especial do Março Mulher 2025, uma das convidadas do programa De Olho na Cidade (Rádio Sociedade News) foi Poliana Magalhães, coordenadora pedagógica do Colégio Santo Antônio e empreendedora da pós-graduação Gastão Guimarães.

Durante a entrevista, Poliana abordou o impacto da formação educacional na vida das mulheres e ressaltou a importância do conhecimento como ferramenta de transformação.

“Eu defendo a formação como um instrumento de transformação social, pessoal e profissional. A gente não consegue mudar realidades se não tivermos a formação necessária para isso”, afirmou.

Apesar dos avanços na educação feminina, Poliana destacou que ainda há desafios a serem superados, especialmente no mercado de trabalho. Segundo ela, cerca de 60% das pessoas que se formam no ensino superior são mulheres, mas elas ainda ganham, em média, 20% a menos que os homens, de acordo com dados do Ministério do Trabalho.

“Essa disparidade é ainda maior quando se trata de mulheres negras. Ainda temos muito o que conquistar e lutar por esse espaço, que não é só no mercado de trabalho, mas também na valorização dos frutos desse trabalho”, enfatizou.

Outro ponto abordado foi o desafio de equilibrar a vida profissional com a vida pessoal. Poliana reconheceu as dificuldades enfrentadas pelas mulheres para conciliar trabalho, família e autocuidado.

“Há um tempo surgiu um jargão sobre equilibrar os pratos. É impossível equilibrar todos os pratos ao mesmo tempo. Muitas vezes, priorizamos a família, os filhos, e acabamos deixando de lado o autocuidado”, explicou. Ela também mencionou que, para ter uma remuneração compatível à dos homens, é comum que as mulheres precisem trabalhar mais, o que impacta diretamente na rotina familiar e social.

Sobre a presença feminina na educação, Poliana compartilhou sua experiência lidando com diferentes públicos na escola, na universidade e na pós-graduação.

“Acompanho de perto mulheres que estão buscando a primeira formação e outras que já são profissionais e querem se especializar. O impacto da educação na vida dessas mulheres é visível, mas também notamos o esforço que elas fazem para equilibrar as responsabilidades em casa”, disse.

Quanto ao futuro das mulheres no mercado de trabalho, Poliana destacou que a escolha entre carreira e vida pessoal deve ser consciente e individual.

“Hoje, muitas mulheres optam por consolidar a carreira antes de ter filhos. Mas ainda há um grande número de meninas em situações vulneráveis que não conseguem enxergar a importância da educação para a conquista de um espaço melhor no mercado”, alertou.

Finalizando a entrevista, Poliana deixou uma mensagem sobre os avanços e desafios das mulheres: “Temos conquistas importantes, mas ainda precisamos lutar pela igualdade de oportunidades e pelo reconhecimento do nosso trabalho. Seguimos firmes nessa caminhada, porque cada avanço representa uma nova possibilidade para todas nós”.

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