Projeto ‘Ser Dindo é Massa’ busca padrinhos para crianças acolhidas em Feira de Santana
O projeto representa uma oportunidade para que crianças e adolescentes em acolhimento tenham mais qualidade de vida, apoio emocional e chances reais de um futuro mais promissor.
Lançado em outubro de 2024, durante o III Congresso da Associação dos Magistrados da Bahia (AMAB), em Feira de Santana, o projeto “Ser Dindo é Massa” foi apresentado pelo Coordenador da Infância e da Juventude do Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA), desembargador Salomão Resedá. A iniciativa tem como objetivo proporcionar a crianças e adolescentes em acolhimento institucional, com poucas chances de reinserção familiar ou adoção, a oportunidade de criar laços afetivos, receber suporte material e ter um desenvolvimento mais saudável por meio da colaboração de padrinhos e madrinhas.
De acordo com a advogada Tailanne Pecorelli, presidente da Comissão das Famílias da OAB e coordenadora do Núcleo de Prática Jurídica da UNIFAN, o projeto busca dar visibilidade às crianças acolhidas e oferecer apoio em diversas formas.
“Falar sobre o projeto ‘Ser Dindo é Massa’ é trazer luz para crianças e adolescentes que estão em situação de acolhimento e, por vezes, não são lembrados pela sociedade. O apadrinhamento pode ser feito de três formas: dedicando tempo para visitas e passeios, utilizando a própria profissão para assistência ou por meio de apoio financeiro e material, custeando cursos, alimentação e brinquedos para essas crianças e adolescentes”, explicou.
O projeto, que agora chega a Feira de Santana, ainda está em fase de estruturação na cidade. Segundo Tailanne, o formato de funcionamento local ainda será definido, mas deve seguir o modelo adotado em Salvador, onde o apadrinhamento ocorre sob supervisão da Vara da Infância e Juventude.
“A pessoa interessada preenche um formulário e envia para a Vara da Infância, junto com a documentação exigida. No caso do apadrinhamento afetivo, que envolve contato direto com a criança, é necessário passar por entrevista, análise do Ministério Público e decisão judicial, pois o padrinho ou madrinha assume um compromisso formal”, detalhou a advogada.
*Com informações da repórter Isabel Bomfim