A amputação em pacientes diabéticos é uma das principais complicações da doença, sendo considerada a maior causa de amputação não traumática no mundo. A cada 20 segundos, um procedimento do tipo é realizado em decorrência do diabetes. O alerta foi dado pela Dra. Áquila Chahinne, estomaterapeuta e feridóloga.

“O número de pessoas com diabetes vem crescendo, e considero que estamos diante de uma epidemia. Muitas pessoas só descobrem as complicações da doença quando já estão diante de uma situação grave, como a necessidade de amputação”, explicou a especialista.

Segundo ela, um dos grandes desafios no tratamento é a falta de conhecimento sobre o risco.

“Em geral, a amputação começa com algo pequeno: um corte errado da unha, uma unha encravada ou até um simples calo. O descontrole da glicemia também agrava o problema, dificultando a cicatrização.”

O diagnóstico precoce é fundamental para evitar complicações.

“A cada cinco pessoas com diabetes, uma não sabe que tem a doença. Muitas vezes, só descobrem quando passam mal ou quando uma ferida demora a cicatrizar”, pontuou a Dra. Áquila.

Os primeiros sinais de alerta incluem feridas de difícil cicatrização, perda de sensibilidade nos pés (neuropatia diabética) e descontrole glicêmico.

“Se o paciente notar um pequeno machucado ou rachadura, ele deve buscar ajuda imediatamente. Pequenos problemas podem se tornar grandes complicações”, alertou.

Outro ponto levantado pela especialista é o perigo de tratar feridas em casa sem orientação profissional.

“Usar pomadas caseiras, ervas ou seguir receitas da internet pode agravar ainda mais a lesão. O tempo de tratamento é crucial para definir se a ferida vai cicatrizar ou evoluir para uma amputação”, explicou.

A especialista destacou que a doença arterial obstrutiva periférica, comum em diabéticos, também contribui para amputações.

“O diabetes pode obstruir artérias e dificultar a circulação, aumentando o risco de infecção.”

Após uma amputação, os cuidados devem ser redobrados.

“O paciente precisa de acompanhamento para evitar novas infecções e, consequentemente, novas cirurgias”, ressaltou.

Quem usa prótese também deve estar atento.

“É essencial hidratar a pele, verificar se há atrito e fortalecer a musculatura com fisioterapia. Qualquer incômodo deve ser avaliado para evitar novas lesões”, explicou a médica.

A prevenção é o melhor caminho para evitar a amputação. A Dra. Áquila recomenda cuidados diários com os pés, como hidratação, inspeção para detectar ferimentos, tratamento imediato de rachaduras e fungos, além de evitar cortes inadequados nas unhas.

Ela reforça que hábitos saudáveis são fundamentais para prevenir o diabetes e suas complicações.

“A genética pode influenciar, mas o que mais pesa são os hábitos de vida. Alimentação equilibrada, prática de atividade física e controle do peso são as principais formas de prevenção”, destacou.

Para quem busca um tratamento especializado, a clínica Dr. Curativos oferece acompanhamento para cicatrização de feridas e cuidados com o pé diabético.

“Nosso objetivo é acelerar a recuperação e evitar amputações, utilizando tecnologia avançada”, concluiu a especialista.

A clínica Dr. Curativos está localizada no Edifício Ícone, na Avenida Getúlio Vargas, 792, no 11º andar, sala 1107, e você pode entrar em contato pelo telefone (75) 9 9300-9473.