Bahia

Letalidade policial tem queda de 8,5% após uso de câmeras corporais

Apesar da queda, a Bahia segue liderando o ranking de mortes em operações policiais no país

09/02/2025 12h06
Letalidade policial tem queda de 8,5% após uso de câmeras corporais
Foto: Polícia Militar

No primeiro ano de implantação das câmeras corporais nas tropas da Polícia Militar, a Bahia registrou uma queda de 8,5% no número de mortes por intervenção policial em comparação com 2023, segundo dados do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

O estado contabilizou 1.557 mortes em ações policiais no ano passado, ante 1.702 no ano anterior. A redução interrompe uma tendência de alta na letalidade policial que vinha desde 2015.

Apesar da queda, a Bahia segue liderando o ranking de mortes em operações policiais no país. Em segundo lugar, São Paulo registrou 749 mortes, seguido pelo Rio de Janeiro e pelo Pará.

A segurança pública no estado enfrenta um período crítico, marcado pela intensificação da disputa entre facções criminosas, o avanço de grupos milicianos e o alto índice de letalidade policial.

As câmeras corporais começaram a ser adotadas em maio de 2024, após um processo de licitação conturbado. A aquisição dos equipamentos foi iniciada na gestão do ex-governador e atual ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), e concluída pelo atual governador, Jerônimo Rodrigues (PT).

O governo estadual adquiriu 1.100 câmeras, enquanto outras 200 foram doadas pelo governo federal. Os dispositivos estão sendo usados por dez unidades operacionais da PM na região metropolitana de Salvador, alcançando uma parcela reduzida da tropa, que conta com 33 mil policiais.

Mesmo com a cobertura limitada, cinco das dez unidades onde as câmeras foram implementadas registraram queda na letalidade policial.

O secretário de Segurança Pública da Bahia, Marcelo Werner, atribui a redução das mortes a investimentos em tecnologia, capacitação das tropas e ações integradas com outras forças de segurança.

“Cada vez mais, nós direcionamos o nosso policiamento pela inteligência, para alcançar lideranças [de facções], para prevenir ações criminosas e reduzir os índices criminais e diminuir a possibilidade de confronto”, afirmou Werner.

O secretário também destacou o uso de câmeras de reconhecimento facial, que levaram à prisão de mais de 1.100 pessoas em 2024 e resultaram em 185 detenções apenas em janeiro deste ano.

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